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Empresa de energia solar que promete retorno de 16% ao mês pode ser pirâmide, diz CVM

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) suspeita que uma suposta empresa de energia solar localizada em Petrolina, Pernambuco, seja uma pirâmide financeira. Trata-se da organização Original Energy que promete retornos de 16% ao mês aos seus clientes.

Em uma matéria publicada nesta terça-feira, dia 9 de junho, o portal de notícias UOL informou que teve acesso a um processo aberto pela autarquia para investigar a Original Energy. De acordo com as informações, a CVM concluiu o processo e sugeriu ao Ministério Público de Pernambuco a abertura de ação penal pública para apurar o caso.

Isso porque, segundo a CVM, há “fortes indícios de ser um esquema fraudulento, do tipo que poderia ser classificado como pirâmide financeira”. 

Sobre a empresa

Fundada em 2018, a Original Energy oferece aos seus clientes uma promessa de rendimentos de até 16% ao mês. Isso apenas para alugarem os supostos módulos solares fotovoltaicos que estariam distribuídos em usinas em Pernambuco, Paraná e São Paulo. 

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A empresa, que nega qualquer irregularidade, afirma que possui 45 mil equipamentos e que o aluguel de cada módulo custa R$ 900.

A conta não fecha

Segundo a CVM, a conta feita pela empresa não fecha. Já que o módulo oferecido tem potência de 400 w e pode gerar 144 kW por mês trabalhando 12 horas por dia. Logo, a venda dessa energia, no fim do mês, daria menos do que R$ 50. Ou seja, não paga nem a metade do rendimento prometido.

Por outro lado, a empresa afirmou que somente monetiza as operações em Pernambuco e no Paraná onde o preço do kWh varia de R$ 0,76 a R$ 0,86. Ainda assim, o lucro com a venda seria de, no máximo, R$ 123, ou que não chega aos R$ 150 prometidos (equivalente a 16%).

Embora tenha afirmado que consegue honrar com o rendimento prometido, desde fevereiro deste ano a empresa passou a oferecer retornos de apenas 3,2% ao mês.

Além do retorno sobre o aluguel dos módulos, a empresa ainda oferece bônus de até 7% por indicação e a formação de uma rede de consultores comissionados. Assim, para a CVM, estes são fortes indícios de golpe.

MP vai investigar o caso

O Ministério Público afirmou que já recebeu da CVM um comunicado informando sobre a possível irregularidade. Desta forma, irá analisar a situação da Original Energy. A empresa afirmou, em nota, que a CVM encaminhou apenas um ofício ao MP solicitando abertura de procedimento. 

Assim, caso uma investigação seja, de fato, instaurada, a empresa “certamente provará que não praticou e não pratica nenhuma conduta capaz de lesar o consumidor ou a quem quer que seja”.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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