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Empresa de Bitcoin vai imprimir nota física de criptomoeda das Ilhas Marshall

Enquanto especialistas discutem como criptomoedas e o advento da economia digital pode significar o fim do dinheiro físico e, neste sentido, bancos centrais e nações pelo mundo estudam a emissão de suas criptomoedas (CBDC), a Tangem, empresa suíça focada na adoção do Bitcoin, anunciou que vai ser a “Casa da Moeda” das ilhas Marshall e imprimirá notas físicas de seu dinheiro virtual.

O Sovereign (SOV) foi anunciado no ano passado e, apesar do projeto ser criticado pelo FMI, seguiu seu desenvolvimento, mas ainda tem data exata para ser disponibilizado ao público e ainda há questões abertas sobre sua circulação.

No entanto, conforme o anúncio da empresa suíça, a parceria entre Tangem e o SOV “é projetada para garantir que todos os cidadãos das Ilhas Marshall tenham acesso justo e igual à sua moeda digital, tenham ou não conexão com a Internet”, desta forma, a Tangem (que já imprime cartões pré carregados com Bitcoin) realizará a impressão de notas físicas do SOV que, desta forma, poderão circular “offline”, sem a necessidade de estar conectado à internet ou de fazer qualquer tipo de validação online.

Assim como um “Bitcoin físico“, cada nota de SOV da Tangem será acompanhada de um microprocessador (provavelmente um chip S3D350A desenvolvido pela Samsung) que combinará as vantagens das cédulas de papel com a segurança da tecnologia blockchain. Segundo a empresa, a tecnologia permitirá que as notas sejam protegidas contra hacks, 100% transparentes e integradas com a emissão digital e global do SOV.

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“Estamos entusiasmados em trazer a Tangem como nosso parceiro em nossa jornada de criar a primeira CBDC do mundo. Esta parceria nos ajudará a garantir que todos os cidadãos, incluindo aqueles que vivem em ilhas remotas mais distantes, possam transacionar com facilidade e praticidade usando o SOV”, destacou o ministro assistente do presidente da empresa David Paul.

Em fevereiro de 2018, a República das Ilhas Marshall anunciou pela primeira vez que lançaria sua própria criptomoeda por meio de uma ICO e, uma vez emitida, ela seria a segunda moeda oficial do país, ao lado do dólar americano.

“Estamos entusiasmados por fazer parceria com a República das Ilhas Marshall para fazer algo que nunca foi feito antes: emitir uma moeda digital como moeda oficialmente legal. Como o FMI notou, o mundo está caminhando para a adoção generalizada de criptoativos, e estamos empolgados em apoiar o nascimento da nova economia digital global”, disse
Andrey Kurennykh, cofundador da Tangem.

O apoio da Presidente Marshallese Hilda Heine, a emissão do SOV quase lhe custou a destituição do cargo, à medida em que o parlamento do país passou a questionar suas intenções, alegando que o plano da presidente poderia prejudicar a reputação do país. No entanto, Heine sobreviveu por poucos votos e continuou com os planos de emissão do SOV, dizendo que ele significava “um “momento histórico para o povo do país”.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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