A Freeh, Sporkin & Sullivan (FSS), empresa de advocacia responsável por conduzir o processo de auditoria da Tether Limited e de seu token, o USDT, anunciou a divulgação do seu relatório sobre a situação do token.
Devido a diversas suspeitas sobre o risco da Tether Limited não dispor de fundos suficientes para lastrear os seus tokens, e também as suspeitas sobre o uso dos mesmos para manipulação de preços do Bitcoin, a empresa tinha encaminhado uma auditoria para analisar seus balanços e verificar a saúde financeira dos mesmos.
E parece que os resultados foram positivos para o USDT.
Tokens 100% lastreados
O relatório de três páginas lançado pela FSS enfim trouxe uma posição a respeito do USDT. Segundo o documento, a Tether Limited possui 100% dos tokens lastreados em dólares. Porém, é importante ressaltar que este relatório provém de um grupo advogados e não podem servir como um processo de auditoria do projeto.
“Como parte do nosso processo de engajamento em buscas, a FSS pôde confirmar os saldos em dólares americanos depositados em contas detidas ou controladas pela Tether em seus bancos, inclusive selecionando as datas de confirmação apropriadas, e reportamos à Tether os resultados de tais consultas. De acordo com o estabelecido em contrato, a FSS selecionou as datas para confirmações de saldo sem aviso prévio ou consulta com a Tether”, explicou o relatório.
O documento afirma que a FSS também obteve acesso a diversos relatórios sobre práticas de combate à lavagem de dinheiro e antiterrorismo, documentos bancários, registros e políticas bancárias da Tether, os quais foram utilizados durante todo o processo de auditoria.
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De acordo com o relatório, a abertura dada à FSS para a coleta de dados incluiu diversas entrevistas e ligações com executivos.
Aa FSS realizou extensos exames presenciais e entrevistas por telefone com funcionários-chave em Tether e seus bancos. Estes exames em pessoa ocorreram em Washington, D.C. e em outros lugares, dentro e fora dos Estados Unidos. Essas equipes entrevistadas incluíam líderes de compliance, especialistas em tecnologia, contabilidade, operações e outros. A FSS solicitou e obteve autorização para realizar exames ilimitados dos saldos nos bancos de Tether, teve comunicações com representantes autorizados dessas instituições e revisou centenas de páginas de documentos relevantes.”
Análise
A FSS afirmou que escolheu um dia base para a realização das análises das contas da Tether, o dia 1 de junho de 2018. Nesse dia, o escritório recebeu informações dos dois bancos nos quais a Tether possui contas. As informações foram analisadas as contas da empresa e os seguintes valores foram encontrados.
BANCO 1: US$1.968.538.584,82 (desonerado)
BANCO 2: US$576.528.652,00 (desonerado)
TOTAL: US$2.545.067.236,82
Junto com esses balanços, a FSS solicitou da Tether uma declaração juramentada na qual a empresa afirmasse a quantidade de USDTs lastreados que estavam em circulação no dia 1 de junho. A Tether enviou o documento, atestando que possuía o montante de 2.538.090.823,52 de USDTs. A FSS atestou que o valor mostrado na declaração batia com o montante apresentado no site de transparência da Tether no dia em questão.
Por fim, a FSS forneceu o seu parecer final:
“A FSS está confiante de que os ativos não onerados do Tether excedem o saldo de USD Tethers totalmente garantidos em circulação a partir de 1º de junho de 2018.”