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Empresa brasileira disponibiliza pagamentos com Bitcoin em mais de 200 países e territórios

A Stratum Blockchain Tech inovou e lançou um serviço que permite aos usuários da plataforma “carregarem” um cartão internacional com Bitcoin e criptomoedas e, desta forma, usarem criptoativos para pagar por produtos e serviços em cerca de 210 países do mundo em mais de 40 milhões de estabelecimentos.

Rocelo Lopes, CEO da Stratum, explicou que para ativar a função os usuários precisam estar cadastrados na plataforma, solicitar e ativar uma conta na startup Atar (que não tem qualquer relação com as empresas de Lopes). Após as ativações, os usuários geram um boleto de recarga no aplicativo do cartão e complementam o processo de conversão por meio da Stratum. O cartão funciona com a tecnologia NFC (comunicação por campo de proximidade, ou near-field communication).

“Com este serviço que lançamos, em qualquer lugar do mundo você pode usar Bitcoin e criptomoedas como forma de pagamento e, na outra ponta, o logista recebe em fiat, na moeda local, simples e fácil. Em menos de três segundos você consegue converter seus criptoativos e utilizar o cartão”, destaca Lopes.

O empresário reforça que inovação é enxergar as oportunidades e não buscar inventar a roda.

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“Eu admiro o trabalho de muitas empresas e pessoas que vêm desenvolvendo máquinas POS para aceitar Bitcoin ou hardwares específicos para pagamentos, no entanto, atualmente já temos uma rede de pagamentos eficiente que funciona com fiat e amplamente utilizada em todo o mundo. Por que não inserir o BTC e os criptoativos neste sistema? Não queremos inventar a roda, nós a melhoramos para que ela possa andar mais rápido e incluir mais pessoas. Nós inserimos o Bitcoin no sistema”, reforça o empresário.

Lopes que é conhecido pelo seu lema F*** the banks. No final do ano passado, envolveu-se em uma polêmica com exchanges na América Latina, enquanto seus pares, Andrés Fleischer COO da Ripio; Sebastián Villanueva, fundador da CryptoMKT; Arley Lozano, CEO da Panda&CCoins; José Rodriguez, gerente de vendas da @Bitso; Franco Amati, da Signatura, e Roger Benites, CEO da BitInka, defendiam que a regulação era boa para o mercado e que as exchanges tinham que trabalhar junto com o sistema financeiro tradicional em um modo de cooperação buscando uma integração com este sistema. Lopes argumentou que todos ali estavam equivocados e destacou que o white paper do Bitcoin  não tinha nada a ver com regulamentação ou submissão ao sistema.

“Quando Satoshi Nakamoto publicou o white paper do Bitcoin, ele não falou nada sobre KYC (conhecimento de cliente), AML (anti-lavagem de dinheiro) e todas estas regras bobas que as exchanges usam. Meus amigos aqui acreditam que os usuários têm muito mais que dois braços pois usam um sistema de KYC no qual você tem que tirar uma selfie segurando um documento em uma mão, um papel em outra, e mais outro documento e outro e outro e outro que nem mesmo cinco mãos dariam conta de toda a demanda. E o que devemos fazer? Não abrir conta nas exchanges que pedem todo este tipo de documentos, porque daí vamos obrigá-los a pressionarem o governo e dizerem: ‘olha não consigo mais trabalhar por causa de uma regulamentação mal feita’”, disse.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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