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Elliptic identifica 400 plataformas de criptomoedas que podem ser usadas pela Rússia

A empresa forense de blockchain Elliptic, que vem acompanhando o uso de criptomoedas no conflito russo-ucraniano, publicou um relatório sobre como a Rússia pode usar criptoativos para contornar as sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos e Europa.

De acordo com a publicação, foram identificadas mais de 400 plataformas de negociação de ativos digitais – principalmente exchanges – onde criptoativos podem ser comprados com rublos.

Além disso, a Elliptic vinculou vários milhões de endereços de criptoativos a esses negócios. A maioria desses serviços não é regulamentada e pode ser usada anonimamente, segundo a empresa.

Uso de criptomoedas pela Rússia

Desde 2013, a Elliptic trabalha para combater a lavagem de dinheiro e a evasão de sanções com criptoativos. Seu objetivo é construir confiança nas criptomoedas, permitindo que a indústria cresça.

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Agora, com a guerra entre Rússia e Ucrânia, o mundo observou que as criptomoedas podem ser usadas tanto de maneira positiva quanto negativa.

A Ucrânia, por exemplo, já captou mais de US$ 63,8 milhões em criptoativos como forma de doação. Isso está ajudando o país no combate às tropas de Vladmir Putin.

Por outro lado, volumes crescentes indicam que os russos também estão contornando os controles de capital e fugindo da desvalorização do rublo com as moedas digitais.

Contudo, segundo a Elliptic, há o risco de a Rússia usar criptoativos para contornar sanções. Para isto, pode recorrer a crimes cibernéticos patrocinados pelo Estado, ocultação de riqueza e mineração de criptomoedas.

“A criptomoeda certamente não é uma bala de prata contra as sanções. Mas o Irã e a Coreia do Norte mostraram como podem ser exploradas para diminuir seu impacto. Quando os países enfrentarem sanções severas, eles procurarão todos e quaisquer meios para gerar fundos e evitar restrições”, destacou.

Combate a atividades criminosas com criptomoedas

Em resposta, a Elliptic disse ter redobrado seus esforços para capacitar o setor financeiro a evitar a evasão de sanções russa.

Nas investigações, a Elliptic descobriu mais de 15 milhões de endereços cripto ligados a atividades criminosas com nexo na Rússia.

Para combater isso, plataformas cripto podem rastrear transações/carteiras para garantir que os lucros não possam ser lavados.

Além disso, a empresa identificou centenas de milhares de endereços de criptomoedas vinculados a atores russos sancionados na Rússia.

“Estamos investigando ativamente carteiras de criptoativos que se acredita estarem vinculadas a autoridades e oligarcas russos sujeitos a sanções. Estamos colaborando com agências governamentais e outras organizações para garantir que os responsáveis ​​por permitir a invasão da Ucrânia não possam usar criptoativos para esconder sua riqueza”, ressaltou a empresa.

Por fim, a Elliptic informou que a indústria cripto pode e deve moldar como os ativos digitais são usados. Assim, pode impedir que cripto se torne um paraíso para lavadores de dinheiro.

“Temos uma oportunidade agora de demonstrar que um sistema financeiro baseado em criptomoedas – com os controles e proteções corretos – será mais seguro, mais justo e menos propenso a abusos do que o que temos agora”, concluiu.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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