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El Salvador registra 755 casos de roubo de identidade na carteira de Bitcoin Chivo

No início de outubro, o CriptoFácil noticiou que a carteira de Bitcoin Chivo, criada pelo governo de El Salvador para os cidadãos armazenarem suas criptomoedas, estava sendo alvo de golpistas.

Hoje, já são mais de 755 casos de roubo de identidade relatados por usuários da carteira. O levantamento em questão foi feito pela Cristosal, uma organização de direitos humanos que atua em El Salvador.

Entre os dias 9 e 14 de outubro, a organização disponibilizou um formulário virtual para receber os casos de pessoas afetadas pelo roubo de seu número de documento de identidade exclusivo (DUI) via Chivo.

Conforme relatam as vítimas, seus DUIs foram usados indevidamente por atores maliciosos para roubar os US$ 30 em Bitcoin dados pelo governo salvadorenho para incentivar o uso da carteira.

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Polêmica envolvendo carteira Chivo

Uma das vítimas é Rina Monti. Ela descobriu por meio de um amigo que alguém usou seu DUI na plataforma Chivo Wallet.

Ao portal El Salvador, ela disse que ficou surpresa com o uso de seu documento pessoal. Isso porque “em nenhum momento autorizou ou teve interesse em fazer qualquer tipo de transação por meio do Bitcoin. Portanto, não teve interesse em baixar [a carteira]”.

Para evitar problemas futuros com a justiça, Rina decidiu buscar a orientação da Cristosal.

“O que me preocupa são todas as transações que foram feitas em meu nome por pessoas que obviamente não conheço. E são motivos totalmente fora do meu controle”, disse Monti.

Além disso, a vítima da fraude exigiu uma investigação do governo, como administrador do aplicativo Chivo. Seu objetivo é que o governo determine quem foi responsável pelo uso ilegal de seu DUI e de outras pessoas. 

Falta de controle e proteção de dados

Conforme destacou Zaira Navas, chefe do departamento jurídico da Cristosal, o mais grave da situação é a falta de controle e proteção de dados por parte da empresa Chivo.

Além disso, o aplicativo “não estabelece, no mecanismo de registro, autorização para que a pessoa que está se registrando acesse seus dados”, alertou Navas.

Ele também questionou a fragilidade do sistema. Afinal, ele permite “registrar fotos de nenhum rosto e não semelhantes às das pessoas que aparecem no DUI”:

“De todos os casos que viemos apresentar agora, que são um número bastante grande junto aos que já existem, há um acúmulo de casos. Isso fará com que seja mais fácil para o Ministério Público não dispersar seus esforços. E que todos os meios tecnológicos sejam utilizados para determinar quem são os responsáveis”, disse Navas.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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