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EIP 1559 aprovada: redução nas taxas do Ethereum começa em julho

Em meio às duras críticas em relação ao preço das taxas, foi aprovada uma importante proposta de melhoria do Ethereum. Trata-se da EIP 1559, que lida diretamente com o problema.

Na sexta-feira (5), foi realizada uma reunião com todos os principais desenvolvedores da rede. Na atualização London, a ser realizada em julho, a proposta será incluída.

Agora, a taxa em gas enviada anteriormente aos mineradores será enviada à rede, recebendo o nome de “taxa base” (basefee). Aos mineradores, será paga uma gorjeta opcional.

Proposta aprovada

A sigla EIP significa “Proposta de Melhoria do Ethereum” em português. No caso da EIP 1559, ela terá um impacto importante no Ethereum.

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Agora, mineradores receberão uma gorjeta opcional, e a taxa de gas será enviada à rede e “queimada”. Tal taxa é calculada por meio de algoritmo, como já ocorre atualmente com o cálculo dos preços das taxas.

Com isso, usuários pagarão taxas consideravelmente mais baixas, conforme acreditam os desenvolvedores.

Tendo em vista o atual momento da rede em relação ao alto preço das taxas, a proposta recebeu um grande apoio dos criadores de aplicações e usuários.

Contudo, como já é de se imaginar, mineradores e pools de mineração se organizaram de forma contrária — em razão das mudanças na forma de pagamento.

Além da EIP 1559, outras 5 propostas serão adicionadas junto com o hard fork London. Dentre elas, está mais uma proposta para atrasar a “bomba de dificuldade”, conhecida como “Era do Gelo”.

Caso tal bomba “exploda”, o Ethereum se tornará difícil demais para minerar com a hash rate disponível, e novos blocos não serão criados. Algo parecido, em escala menor, ocorreu após os halvings de Bitcoin Cash e Bitcoin SV.

Negócio lucrativo

Em outubro de 2020, a mineração de Ethereum rendeu R$ 1,2 bilhão aos operadores de equipamentos.

Em fevereiro, esse número aumentou consideravelmente. Segundo dados do The Block, o lucro dos mineradores de ETH no segundo mês de 2021 beirou os R$ 7,4 bilhões. Ou seja, um aumento superior a seis vezes.

Cerca de 50% desse lucro vem somente das taxas. A lucratividade atraiu novos mineradores que, por sua vez, aumentou a hash rate. O gráfico abaixo mostra o aumento explosivo na hash rate do Ethereum:

Gráfico com o aumento da hash rate do Ethereum. Fonte: Etherscan

Porém, mesmo com as mudanças, uma forma para substituir a receita de mineração está sendo cogitada. Trata-se do “valor extraído do minerador”, ou MEV na sigla em inglês.

Por meio do MEV, mineradores podem usar seu poder na rede para incluir primeiro nos blocos as transações mais lucrativas.

Esse recurso já é usado por traders de finanças descentralizadas (DeFi), que negociam o preço de gas para garantir uma entrada no bloco.

Conforme noticiado pelo CoinDesk, muitos pools de mineração do Ethereum já estão implementando softwares de MEV para começar a utilizar essa funcionalidade.

Por outro lado…

Entretanto, é preciso avaliar os possíveis resultados negativos. Com a maior parte da hash rate do Ethereum contrária à proposta, não é possível descartar um ataque 51%.

De qualquer forma, ainda que possível, tal resultado é pouco provável. Um ataque à rede possivelmente causaria uma queda brusca no preço a curto prazo, resultado que prejudicaria também os mineradores.

Resta saber se a proposta para substituir a receita dos mineradores deixará todos felizes com a EIP 1559.

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Gino Matos

Tenho 28 anos, sou formado em Direito e acabei fascinado pelas criptomoedas, ramo no qual trabalho há três anos.

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