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Economia do Brasil está impulsionando stablecoins atreladas ao dólar

As stablecoins lastreadas no dólar americano estão ganhando tração do Brasil por conta da economia local. 

É o que afirmam especialistas do mercado de criptomoedas do país. Com isso, o Brasil pode estar recebendo um boom desses tokens em 2020.

Stablecoins lastreadas em dólar atraem brasileiros

Prova disso é que o número de traders brasileiros de stablecoins quadruplicou desde janeiro de 2020, conforme informou a representante da Binance no Brasil, Mayra Siqueira, ao Coindesk.

Assim, segundo ela, as stablecoins mais procuradas pelos investidores brasileiros são o token nativo da Binance BUSD e o Tether (USDT).

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Outro fato que corrobora isso é volume de USDT registrado pela exchange descentralizada Nash nos últimos 30 dias. Foram cerca de US$ 12 milhões (R$ 64 milhões) de USDT no Ethereum, como explicou o cofundador da exchange, Fabio Canesin. 

De acordo com o brasileiro, cerca de 8 mil usuários da plataforma são seus compatriotas. 

“Temos uma tendência de dolarização. Então é claro que ter acesso à stablecoin é interessante para o acesso a contratos inteligentes para uma economia mais estável”, destacou Canesin.

Segundo ele, essa procura se deve ao nível recorde atingido pelo Real em relação ao dólar em maio de 2020, já que, do ponto de vista do usuário, há poucos motivos para ter uma stablecoin lastreada em Real.

Stablecoins lastreadas em Real

Mas essa afirmação não é uma unanimidade na comunidade. 

O cofundador da startup brasileira de criptomoedas nTokens, por exemplo, discorda disso. Thomas Teixeira afirmou que sua empresa trabalha em parceria com a Stellar Foundation justamente para disseminar e apoiar as stablecoins atreladas à moeda local. 

Além dele, o veterano brasileiro no setor de blockchain, Fernando Bresslau, afirmou que há ao menos cinco projetos dessas stablecoin no Brasil. 

Isso sem contar com a proposta brasileira de stablecoin enviada em junho à comunidade Celo – projeto concorrente do Libra do Facebook e apoiado por Bresslau.

Porém, o que é um ponto comum entre Bresslau e Teixeira é que o Real ainda será predominante no comércio local no futuro próximo.

Outros projetos de stablecoin

Um outro projeto de stablecoin que pode ser lançado ainda em 2020 no Brasil é do cofundador da exchange brasileira Bolsa Cripto, John Willock.

Ele ajudou a desenvolver uma stablecoin lastreada em Real, usando um token ERC-20.

“Estamos analisando todas as outras opções de [stablecoin] seja algo como DAI ou USDC”, disse Willock. “Stablecoins, mais do que qualquer outra coisa, têm tudo a ver com a estratégia de distribuição. (…) Estivemos olhando para outros emissores de stablecoins para ver como eles gostariam de tornar esses ativos mais disponíveis.”

Além disso, Willock disse que pode haver no Brasil demanda tanto por ativos atrelados ao dólar, quanto lastreados na moeda local. Com isso, o mercado poderá decidir em que situação usar cada stablecoin. 

Por outro lado, ele especulou que o aumento do interesse por stablecoins atreladas ao dólar pode ser resultado dos rígidos controles de capital no país.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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