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Duras regulamentações da SEC podem direcionar a inovação para a Ásia

A Poloniex, uma das maiores exchanges do mundo, anunciou que nove ativos de sua plataforma não seriam negociáveis em algumas localidades. A razão revelada pela empresa foi o clima de incerteza regulatória nos Estados Unidos, fazendo com que eles agissem com cuidado por temor à Comissão de Valores Mobiliários (SEC, na sigla em inglês).

Fred Wilson, cofundador da Union Square Ventures, recentemente manifestou sua opinião sobre a ação da entidade regulatória de retirar da lista algumas criptomoedas de exchanges dos Estados Unidos, classificando-a como “altamente nociva”, conforme noticiou o AMB Crypto, neste domingo, 26 de maio. Ele acredita que políticas hostis eventualmente moverão a inovação do Vale do Silício, que é o “epicentro global da tecnologia”, para países asiáticos. Ele publicou em seu Twitter:

“Dentro de 5 a 10 anos, quando olharmos para trás e considerarmos por que o setor tecnológico está na Ásia e não nos Estados Unidos, a causa será a indisponibilidade da SEC em criar novas regras para regulamentar novos ativos.”

Citando a Coinbase como exemplo, Wilson declarou que as exchanges mais confiáveis e seguras estão nos Estados Unidos. Desta forma, segundo ele, levar a liquidez para a Ásia é um retrocesso em segurança.

Preston Byrne, advogado no escritório Byrne & Storm, respondeu a afirmação acima dizendo que “condutas errôneas” praticadas na Ásia podem ser danosas para a esfera dos criptoativos como um todo. Ele enfatizou que a maior ameaça à adoção do Bitcoin são os “atores ruins”, que precisam ser identificados e eliminados.

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Apontando para a necessidade de monitorar regiões e mercados de trading, Byrne publicou:

“95% do volume de troca é falsificado. A saga Bitfinex/Tether é insana e está apenas em seu início. Se as criptomoedas serão adotadas, precisamos ter mais confiança em nossas vias de trading. Isso requer supervisão destas vias e mercados.”

Ari David Paul, fundador da BlockTower Capital, também reagiu à publicação:

“Com sorte nós não nos encaminharemos a um mundo onde comércio voluntário possa ser empurrado no mundo. Para um ativo global, isso sempre será um problema. Felizmente, não é preciso se importar. O volume de US$1 bilhão dos contratos futuros da CME é real e rastreável. Manipulação é temporária.”

Respondendo ao tuíte acima, Byrne afirmou que US$3 bilhões de Tether mantiveram Binance e Bitfinex “flutuando”, contribuindo para os volumes significativos e atualmente estão sob uma pesada supervisão do estado de Nova York. Ele também acrescentou que as exchanges mencionadas estão a “um fio de cabelo” de distância de investigações envolvendo fraudes.

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Gino Matos

Tenho 28 anos, sou formado em Direito e acabei fascinado pelas criptomoedas, ramo no qual trabalho há três anos.

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