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Documentário mostra maior pool de mineração de Ethereum e a rotina de Vitalik Buterin

A Vice é conhecida pelos seus documentários sobre assuntos poucos compreendidos pelo público em geral. Em sua nova série desenvolvida em parceria com a HBO, um episódio dedicado às criptomoedas foi publicado no dia 28 de dezembro. No curto documentário é exibida o maior pool de mineração de Ethereum, bem como é revelado o dia a dia de Vitalik Buterin.

Em algum lugar da Islândia

Para mineração de criptomoedas, a temperatura do ambiente é um fator crucial, por isso, complexos pools de mineração investem bastante em refrigeração. O superaquecimento pode danificar os produtos, e a necessidade de resfriá-los aumenta os custos com energia.

Porém, esses problemas são diminuídos se o local de mineração encontra-se na Islândia, onde a temperatura média anual é de 11.2 graus Celsius. É nas terras geladas da Islândia que se encontra a Enigma, maior pool de mineração de Ethereum do mundo. Marco Streng, cofundador da unidade, começou minerando Bitcoin em seu dormitório na faculdade e hoje comanda a operação de mineração de Ethereum.

Durante o documentário, Streng explica ao correspondente da Vice o que é mineração de criptomoedas e como os dispositivos afetam a rede. Ao entender a natureza descentralizada da blockchain, o correspondente da Vice pergunta se é possível que mineradores substituam um banco central. O cofundador da Enigma afirma que “não apenas está substituindo bancos centrais, mas está tornando todas as entidades centrais obsoletas”.

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Após a visita à Enigma, o documentário fala rapidamente sobre como países estão vendo nas criptomoedas uma forma de evadir sanções – citando como exemplos Venezuela e Rússia.

Um dia com Buterin

A reportagem salta então para Vitalik Buterin, ao falar sobre pessoas que estão construindo o futuro da tecnologia blockchain. O correspondente da Vice segue Buterin até Kazan, que ele entende ser a capital da República do Tataristão, membro da Federação da Rússia. O cofundador do Ethereum afirma ainda que figuras pertencentes ao Banco Central de Kazan geralmente querem falar sobre blockchain, ao que o correspondente da Vice responde:

“Você tem 23 anos e está dizendo que bancos centrais querem falar com você como se fosse nada. Isso é muito raro, eu sou bem mais velho e ninguém quer falar comigo.”

Ele reforça no quadro seguinte que Buterin é tratado como um “rockstar” em Kazan, andando em uma Mercedes enquanto a equipe de filmagem não é permitida no veículo. Após vagar por Kazan e ouvir o que entidades tinham a dizer sobre como usar blockchain, Buterin começa a explicar suas primeiras interações com criptomoedas.

Segundo ele, tudo começou escrevendo artigos, pelos quais ele recebia cinco Bitcoins, equivalente a cinco dólares à época. Buterin aparenta muita influência na Russia, uma vez que o documentário exibe um encontro dele com um dos homens mais próximos do presidente russo Vladimir Putin, o presidente do Tataristão Rustam Minnikhanov.

Minnikhanov afirma que “blockchain é o sistema de pagamento mais justo e mais preciso”, completando:

“Eu penso em nossa moeda [o rublo russo]. Uma flutuação no valor do petróleo é o suficiente para desvalorizar nossa moeda.”

Se a Rússia realmente tem planos para emitir sua própria criptomoeda, é possível que Vitalik Buterin participe por trás dos panos. O documentário finaliza traçando um paralelo sobre as políticas que Estados Unidos e Rússia têm adotado perante as criptomoedas: enquanto os EUA tentam regular o mercado de criptoativos, a Rússia tenta integrar as moedas digitais em sua economia – ou pelo menos a tecnologia blockchain.

Leia também: Quem é Vitalik Buterin?

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Gino Matos

Tenho 28 anos, sou formado em Direito e acabei fascinado pelas criptomoedas, ramo no qual trabalho há três anos.

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