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Doações em Bitcoin para o site WikiLeaks aumentam após a prisão de Julian Assange

As doações em Bitcoin para o grupo WikiLeaks aumentaram depois da prisão de Julian Assange, fundador do site, ocorrida nesta quinta-feira, 11 de abril. Mais de 44 transações, até o momento, foram feitas apenas hoje, o que representa um aumento de 26% em um único dia. Atualmente, a carteira associada ao Wikileaks tem mais de 3 BTC em doações. O Wikileaks já usou diferentes endereços para receber Bitcoins doados, um deles chegou a ter mais de 4 mil BTCs

 

 

No momento em que este artigo foi escrito, dados provenientes do site Blockchain.com mostram que o Wikileaks recebeu um total de 161 doações em seu endereço Bitcoin; mais de 40 dos que rolaram nesta quinta-feira. Vale a pena notar que novas doações ainda estão sendo enviadas.

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Julian Assange, o cabeça do grupo, foi preso hoje, 11 de maio, em Londres, Reino Unido, onde estava refugiado há sete anos na Embaixada do Equador. Alegando violação da convenções internacionais, o presidente do Equador Lenin Moreno suspendeu o asilo que concedia ao programador.

Ainda segundo presidente, o fundador do WikiLeaks teria usado a rede da embaixada para “hackear contas privadas ou telefones” e também intervir na política de outros países, especialmente aqueles que têm relações amistosas com o Equador. Ele também foi acusado de instalar equipamentos eletrônicos não permitidos e bloquear câmeras de segurança da embaixada, além de maltratar guardas.

Assange foi acusado também de tentar invadir a privacidade do próprio presidente do Equador (acusação feita por Fidel Narvaez, ex-cônsul do Equador).

No entanto, o WikiLeaks repudia a decisão do Equador e classificou como ilegal, dizendo que já esperava o “despejo” do refugiado e alegando que Assange foi espionado durante todo o tempo em que ficou na Embaixada. Kristinn Hrafnsson, editor-chefe do WikiLeaks, disse que as informações podem ter sido entregues ao governo do presidente dos EUA. Assange é investigado no país norte-americano pelo maior vazamento de documentos da história.

O criador do WikiLeaks foi levado para uma delegacia do centro de Londres, onde permanecerá até uma audiência com um juiz. Os policiais do Serviço de Polícia Metropolitana informaram que entraram na embaixada após um pedido do embaixador equatoriano.

A relação do WikiLeaks com o Bitcoin é antiga e o site foi um dos primeiros a aceitar a criptomoeda como forma de ajudar as operações do portal. Recentemente, o portal “partiu pra cima” de Craig Wright, reagindo a um post no Medium feito em 08 de fevereiro, no qual Wright, ou também conhecido como “fakesatoshi”, fez declarações duvidosas sobre as aparentes ideologias políticas do Bitcoin e criticou severamente o WikiLeaks e alguns participantes da comunidade.

A postagem do WikiLeaks acompanha um link no Github no qual a organização fundada por Julian Assange mostra como Craig Wright falsificou posts, chaves PGP, forjou contratos e e-mails, falsificou ameaças, assinaturas de chave pública, fingiu saber como codificar ASM, mentiu sobre possuir Bitcoin na MtGox, entre outros.

Leia também: Falso Satoshi Nakamoto é desmascarado pelo WikiLeaks

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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