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Dinheiro de drogas agora flui para criptomoedas, diz agência antidrogas chinesa

O dinheiro do comércio de drogas começou a fluir para o mercado de criptomoedas, conforme declarou o governo da China. Isso ocorre à medida que o comércio dessas substâncias ilegais se expande para a Internet.

A declaração é da China Anti-Drug Network, que emitiu um relatório em que afirmou que o novo fenômeno decolou em 2021.

Ou seja, desde o ano passado, os fundos ilícitos de atividades relacionadas a drogas fluíram para os ativos digitais:

“A negociação de criptomoedas vem sendo utilizada por vários criminosos em plataformas de jogos e na dark web”, afirma o documento.

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De acordo com o relatório, isso vem sendo feito por traficantes da América Latina, principal “exportador” de cocaína para a China.

Somente no ano passado, as autoridades apreenderam mais de 690 Kg de cocaína. Trata-se de um aumento de 18,6% em relação ao ano anterior.

Enquanto isso, a importação de cannabis da América do Norte registrou 308,9 quilos de apreensão.

Drogas e criptomoedas

A principal região a receber drogas desse tipo é o “Triângulo Dourado”. A região inclui partes da Birmânia, da China, de Laos e da Tailândia.

Além desta região, há a região do “Crescente Dourado”, uma área de produção ilícita de ópio na Ásia Central. A região inclui as montanhas do Afeganistão, do Paquistão e a parte leste do Irã.

O relatório observa, contudo, que os departamentos antinarcóticos da China vão se adaptar a estas atividades. Eles prometem aumentar a fiscalização e a perseguição as plataformas de criptomoedas.

“As ações especiais destinadas a limpar a fonte e cortar o fluxo de dinheiro é via criptomoedas”, destaca o texto.

A China proibiu todas as atividades relacionadas a criptomoedas, incluindo mineração e transações de qualquer tipo em 2021.

“No futuro, a confiança dos investidores vai entrar em colapso. Os países soberanos vão declarar o Bitcoin ilegal. Assim, ele vai retornar ao seu valor original, que é totalmente inútil”, observa o jornal do Partido Comunista da China (PCC).

De acordo com o PCC, isso vai ocorrer devido à falta de regulamentação e às constantes manipulações de preços no mercado cripto.

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Luciano Rodrigues

Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.

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