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Detalhes da Oasis Mercosul são expostos por hacker que invadiu a empresa

Depois de ameaçar vazar informações sigilosas do líder da pirâmide Oasis Mercosul caso uma lista de clientes não recebesse seus pagamentos, o hacker brasileiro Laércio divulgou detalhes do esquema.

Conforme informou o CriptoFácil, a pedido de investidores lesados, o hacker invadiu a plataforma para chantagear seu dono. Desta forma, conseguiu que os clientes recuperassem seu dinheiro. 

A Oasis Mercosul, acusada de pirâmide financeira, oferecia lucros de até 20% ao mês por meio de supostas arbitragens realizadas com Bitcoin e outras criptomoedas. Além disso, a empresa não possui autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para operar no Brasil.

Esquema montado desde a fundação

Mesmo depois que a empresa fez os pagamentos indicados por Laércio, ele decidiu expor informações que obteve no ataque hacker.

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Assim, ele compartilhou com o Cointelegraph Brasil capturas de tela e documentos que revelam o planejamento dos golpistas.

Conforme noticiou o site nesta quinta-feira, dia 23 de julho, a Oasis já tinha um esquema montado desde a sua criação. Isso porque quando o hacker invadiu a plataforma se deparou apenas com um sistema de cadastro. 

“A empresa não tinha nenhuma das operações que afirmava ter. Tudo era fachada. Só havia um sistema de cadastro e um sistema para o usuário acessar o painel, mas os valores eram tudo mentira, apenas números que eram jogados ali mas não representavam qualquer operação”, disse ele.

Portanto, como detalhou, toda a promessa de um robô de arbitragem para investimentos em Bitcoin era uma farsa.

“Bitcoin, criptomoedas, seguros… não tem nada. Binário, premiações… tudo mentira são apenas números sem nenhum lastro seja em operações, seja em dinheiro”, revelou.

Divulgadores recebiam R$ 8 mil de pagamento

Outra informação revelada por Laércio é que a empresa pagava R$ 8 mil para algumas pessoas divulgarem a empresa. 

“Hoje muitos deles afirmam que também foram pegos de surpresa e que tudo vai se resolver, mas todos eles sabiam que era uma fraude e recebiam para divulgar a fraude. Eles têm até uma frase ‘quem chega primeiro bebe água limpa’ que significa entrar na empresa e convidar um monte de gente e sacar o dinheiro antes do golpe desmoronar”, detalhou.

Laércio também contou que o líder do esquema, Cristiano Dalla, já teria aplicado outros golpes no Paraná e no Espírito Santo. Além disso, ele teria feito uma proposta ao hacker para impedir que Laércio divulgasse as informações.

“O Dalla chegou a propor me pagar um valor para ‘trabalhar’ para ele e não divulgar nada”, disse.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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