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Detalhes sobre a moeda digital da China são divulgados

Detalhes importantes sobre a moeda digital do Banco Central da China, chamada de renminbi digital, foram divulgados nesta quinta-feira, 30 de janeiro, pela empresa de serviços financeiros Huatai Securities. A data de lançamento não foi divulgada, mas tudo indica que seu lançamento é iminente.

Centralização total

A companhia publicou o relatório intitulado “Análise de moeda digital do banco central: uma moeda, duas bibliotecas, três centros”, e nele, aborda os principais aspectos da moeda digital do país. Conforme já era esperado, o documento destaca que ela será totalmente centralizada. 

“As moedas digitais de banco central são fundamentalmente diferentes das moedas digitais, como o Bitcoin, em termos de métodos de emissão, modelos de gerenciamento e arquitetura técnica. (…) O banco central adotou um modelo de gerenciamento centralizado e uma arquitetura de tecnologia blockchain não pura”, diz um trecho do relatório.

O documento apresenta justificativas para a centralização da moeda digital, como por exemplo o fato da moeda digital ser um passivo do banco central para o público, apoiada por uma forte garantia de crédito e o controle monetário para que não sejam emitidas moedas em excesso.

Banco central – banco comercial

Além disso, consta no documento que a moeda funcionará com base no sistema duplo “banco central-banco comercial”, tendo características das moedas de papel e das moedas digitais fiduciárias. Isso quer dizer que o Banco Central será o responsável pela emissão enquanto os bancos comerciais irão cooperar para manter o sistema de emissão e circulação da moeda digital. Os bancos comerciais também farão as solicitações em nome de seus clientes para emitir a moeda e fazer transações.

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O sistema da moeda digital, segundo o relatório, inclui seis etapas: emissão, circulação, gerenciamento, retirada, investimento e financiamento e liquidação interbancária da moeda digital legal.

Anonimato controlável e segurança

A moeda também terá o que o documento chamou de anonimato controlável. O objetivo é proteger a segurança dos dados e a privacidade do cidadão, além de ajudar a regulamentar atividades ilegais como lavagem de dinheiro.

“Diferentemente do anonimato completo do Bitcoin, o banco central tem o direito de conhecer os dados da transação dentro do escopo legal, e a rastreabilidade das fontes de moeda digital pode ser alcançada por meio da análise de big data, enquanto outros bancos comerciais e comerciantes não podem obter informações relevantes”. 

A moeda digital chinesa usará também criptografia básica para garantir e proteger as transações. Além disso, ela foi projetada para resistir a ataques e a transações repetitivas.

Carteiras digitais e transações

De acordo com o documento, as carteiras digitais contarão com métodos de autenticação como: códigos de identificação, biométricos, senhas tradicionais e reconhecimento facial. Além disso, a tecnologiadual offline” permitirá que os usuários realizem transações sem necessidade de uma rede. 

Sobre as transações, o relatório destaca que elas devem envolver operações como pagamento rápido, pagamento por código de digitalização, pagamento por aproximação e transferência digital.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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