Desenvolvedores adiam em dois meses implementação da “bomba de dificuldade” da mineração no Ethereum

Após uma reunião na sexta-feira (10), 0s desenvolvedores do Ethereum (ETH) adiaram em dois meses o lançamento da “bomba de dificuldade” na rede. O mecanismo seria instalado em junho, mas agora a implementação ocorrerá apenas em agosto.

De acordo com o grupo, optou-se por adiar a implementação após uma avaliação do teste da Merge na rede Ropsten. Ao que tudo indica, o teste revelou uma série de falhas no mecanismo. Portanto, os desenvolvedores acharam que era melhor adiar a execução.

A proposta original de adiamento, chamada de EIP-5133, previa que a implementação fosse postergada até setembro, mas decidiram pela data em agosto. É a quinta vez em sete anos que a equipe do Ethereum adia a implementação da bomba.

Decisão causa mais atrasos

O mecanismo é um catalisador crucial para o lançamento da atualização The Merge. É a bomba de dificuldade que finalizará a migração da mineração do ETH de Prova de Trabalho (PoW) para Prova de participação.

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Desde sua criação, o Ethereum tem planos voltados para a troca do algoritmo de mineração. Tanto que o mecanismo da bomba existe no código da moeda desde 2015. Mas somente nos últimos dois anos é que a transição foi iniciada.

Contudo, os resultados da rede de testes revelaram algumas falhas, conforme apontado pelo CriptoFácil. A primeira delas foi a perda de vários blocos, na qual a equipe ficou de olho.

Depois de avaliarem os resultados, a equipe e Tim Beiko, principal desenvolvedor do Ethereum, confirmaram a decisão.

“Em suma, concordamos com o atraso da bomba”, tuitou Beiko “Nosso objetivo é ter um atraso de mais ou menos 2 meses e lançar uma atualização no final de junho.”

A princípio, Beiko e os desenvolvedores do Ethereum não falaram se isso atrasaria a implementação da The Merge. Na verdade, eles não estipularam sequer um prazo inicial.

Mas em seguida, o fundador do Ethereum, Vitalik Buterin, e o desenvolvedor Preston Van Loon falaram. Os dois afirmaram que o prazo estipulado era em agosto.

O que é a bomba de dificuldade?

Atualmente, os mineradores utilizam computadores e poder de processamento para validar os blocos do ETH. Para isso, eles fornecem poder computacional à rede, o que garante a segurança do ETH.

Em troca, os mineradores recebem recompensas por cada bloco minerado. O processo funciona da mesma forma que no Bitcoin (BTC), mas com diferenças técnicas.

A atualização The Merge vai mudar totalmente este processo. Os mineradores serão transformados em validadores e não irão mais fornecer poder computacional. Em vez disso, eles utilizarão suas criptomoedas para validar os blocos da rede. 

Para impedir que os mineradores rejeitem a PoS, a bomba de dificuldade vai aumentar drasticamente a dificuldade do bloco. Dessa forma, os mineradores não terão poder computacional suficiente para minerar os blocos, forçando a migrar o algoritmo.

Ação do preço do Ethereum

Enquanto a The Merge não chega na rede principal, o preço da Ether (ETH) caiu forte nesta segunda-feira (13). A queda chegou a quase 20%, ao passo que a desvalorização soma quase o dobro disso nos últimos sete dias.

Ima combinação de fatores macroeconômicos causou esta queda, bem como fatores do próprio mercado de criptomoedas. Um deles foi a venda em massa de ETH na Uniswap, que derrubou o preço da criptomoeda abaixo da cotação de mercado.

A ETH está agora em queda de 69% em relação à alta de todos os tempos, de US $ 4.891,70 em novembro de 2021, de acordo com a CoinmarketCap.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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