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Desenvolvedor da animação Bitcoin and Friends fala sobre adoção de criptomoedas na América Latina

Em abril de 2019, o CriptoFácil relatou a história de um Bitcoin solitário em busca de seu pai. Trata-se da série animada Bitcoin and Friends, que teve seu primeiro episódio lançado recentemente e é uma interessante iniciativa para informar pessoas leigas sobre criptomoedas.

Guillermo Escudero é o desenvolvedor comercial do projeto e atualmente vive na Argentina. Além desta função, ele é gerente da exchange CryptoMarket desde agosto de 2017 e trader independente. O CriptoFácil conversou com Escudero sobre a adoção das criptomoedas na América Latina e o que ele acredita ser necessário para impulsioná-la, tendo até mesmo falado sobre o recente guia da Polícia Federal sobre a apreensão de criptomoedas em casos ilícitos.

Adoção é o lastro para a próxima ascensão

Perguntamos a Escudero se ele concorda com a afirmação de que a adoção será o fator responsável pela próxima grande ascensão no valor das criptomoedas. Ele respondeu que “sem dúvidas”, acrescentando que os projetos de adoção criados por companhias emergentes serão de grande ajuda nessa área.

Falando especificamente sobre a América Latina, Escudero declarou:

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“Acredito que os maiores responsáveis por impulsionarem a adoção na América Latina são os processadores de pagamentos que dão a possibilidade de cobrar uma venda em criptomoedas, mas receber o pagamento na moeda fiduciária local. Este tipo de produto é realmente interessante, pois nem todos os empresários ou comerciantes querem receber criptomoedas, por já participarem da economia por meio de moedas fiduciárias. Desta forma, eu acredito que esta forma de processamento é a ponta para a adoção total.”
Indagamos Escudero sobre qual o país que ele acredita que “lidera” a corrida pelo posto de nação mais desenvolvida em criptomoedas na América Latina, citando os planos entre a Binance e o governo argentino. Ele respondeu que não sabe destas negociações com detalhes, mas afirmou que ao seu ver, o Brasil é o país que movimenta a região em termos de criptoativos.
Quando questionado sobre o futuro da adoção de moedas digitais na América Latina, Escudero respondeu:
“Eu vejo muito espaço para crescimento, mas precisamos de mais difusão não só das criptomoedas no geral como também de iniciativas educacionais. Quais são as melhores maneiras para comprar e vender, quais são as melhores maneiras para movimentar criptomoedas, etc. Algumas pessoas não sabem nem o que é homebanking, e a tecnologia cresce exponencialmente. Portanto, precisamos de esforços educacionais. Com isso, acredito que os próximos dois anos serão interessantes, se os valores das criptomoedas continuarem sadios.”
Ele completou:
“Quer dizer, será interessantes se os Estados Unidos não colocarem entraves. Eles são os primeiros em todos os mercados, então se contratos futuros forem evitados por alguma instituição financeira, ou se a SEC agir contra o mercado de criptoativos, existirão menos oportunidades. Contudo, eu acredito que esta tecnologia é uma realidade, e veio para ficar. É também importante que o valor não se mova de forma muito volátil, o que depende do volume – então, precisamos de mais volume para manter a estabilidade do mercado.”

Instituições são necessárias

Escudero deu seu ponto de vista sobre volatilidade após citar este fator ao falar sobre adoção. Ele afirmou que atualmente, o mercado de criptomoedas é como um campo de futebol com dois times de cinco pessoas – o que deixa muito espaço livre no gramado e por conta deste espaço, o mercado torna-se volátil.

Para combater isso, ele propõe:

“Nós precisamos de mais instituições financeiras confiando no Bitcoin para transferir liquidez para o mercado. […] Os livros de ordem das exchanges atualmente não são saudáveis.”

O guia da Polícia Federal

Escudero termina a conversa afirmando que leu o guia da Polícia Federal e afirmou que o fato da autoridade combater esquemas de ponzi é algo muito bom. Ele deu um panorama entre a intervenção estatal e a liberdade dos usuários de criptomoedas:

“Usuários de criptoativos não gostam de regulações e intervenções. Contudo, em algumas áreas e situações específicas, elas são boas e necessárias. Nós precisamos da garantias para que os leigos possam utilizar moedas digitais de forma segura.”

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Gino Matos

Tenho 28 anos, sou formado em Direito e acabei fascinado pelas criptomoedas, ramo no qual trabalho há três anos.

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