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Descoberta da OKX revela ativos da FTX e Alameda com valor próximo a R$ 1 bilhão

Na quarta-feira (29), a exchange OKX identificou US$ 157 milhões em ativos digitais pertencentes à FTX e à Alameda Research. O valor, de acordo com a cotação atual, corresponde a cerca de R$ 950 milhões.

A exchange afirmou que devolverá os ativos para a massa falida das empresas, ou seja, para a lista de ativos em liquidação. Contudo, a OKX não especificou quais ativos digitais estão presentes na plataforma.

Fruto de investigação na FTX

De acordo com a OKX, a localização dos ativos ocorreu por causa da diligência devida feita pela empresa. Após o colapso da FTX em novembro, a OKX disse em um comunicado que conduziu investigações para identificar quaisquer transações relacionadas à bolsa.

Ao descobrir ativos e contas vinculados à FTX e à Alameda Research, a empresa agiu para proteger os ativos e congelar as contas conectadas. Foi exatamente o que aconteceu depois que a exchange encontrou os US$ 157 milhões nesta quarta.

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Para determinar a ligação dos ativos com a FTX e a Alameda, a OKX realizou a identificação dos endereços. Isto é, os fundos não estavam necessariamente em contas das empresas, mas tinham vínculos com as carteiras da FTX.

Nesse sentido, a OKX afirmou que os ativos podem pertencer a hackers que levaram fundos da FTX e tentaram utilizar a exchange para ocultar sua origem. Quando a OKX identificou os fundos, fez o bloqueio das carteiras.

Com os fundos na OKX, o total de ativos recuperados da FTX chega a US$ 851 milhões. Isso porque, conforme relatos dos advogados de falência da FTX, cerca de US$ 694 milhões em ativos foram recuperados antes desse caso.

Roubo pós-recuperação

Em novembro, logo após o colapso, a FTX declarou recuperação judicial e bloqueou os saques de seus clientes. Dois dias depois, no entanto, um hacker invadiu a plataforma da exchange e roubou US$ 600 milhões de suas carteiras, cerca de R$ 3 bilhões.

O roubo foi um dos maiores da história e levou a temores de que as contas da FTX em outras bolsas fossem comprometidas. Desde então, os advogados têm se esforçado para recuperar os fundos da plataforma e ressarcir seus clientes.

No início de março, os advogados de falências que trabalhavam no caso disseram que a bolsa tinha um “déficit maciço” em ativos no valor de US$ 694 milhões. O déficit inclui ativos de “Categoria A” como moedas fiduciárias, stablecoins, Bitcoin (BTC), BNB, Solana (SOL), e Ether (ETH).

Como resultado da nova apreensão, esse valor pode alcançar US$ 851 milhões. De acordo com a FTX, os débitos com clientes e credores podem chegar a US$ 10 bilhões.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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