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Deloitte destaca que blockchain mudará a sociedade eliminando intermediários

A Deloitte, uma das principais empresas de auditoria e consultoria do mundo, destacou que blockchain impactará o futuro das transações financeiras em um artigo publicado nesta sexta-feira, 27 de dezembro, no jornal Valor Econômico. Segundo a empresa, a tecnologia permite armazenar digitalmente registros de transações em redes descentralizadas, de forma segura e independente e por isso permite a criação de diversas aplicações para diferentes segmentos da sociedade.

“A metáfora que costumo fazer é a de que blockchain é a internet dos valores. Ou seja: a possibilidade de transacionar valores pela internet diretamente entre as partes envolvidas. Na internet dos valores, pode-se ter um bem físico – um caminhão, um apartamento – com representação digital”, explica Paschoal Baptista, sócio da Deloitte para o atendimento à indústria de Serviços Financeiros.

Ainda segundo o artigo, instituições financeiras globais já utilizam blockchain em alguns processos, como pagamentos internacionais, operando praticamente em tempo real, com custos infinitamente menores e significativa redução de riscos de falhas e fraudes.

“Essa tecnologia traz um novo horizonte para o mundo das finanças e da contabilidade. Basicamente é uma escrituração digital. Toda transação que ocorre fica registrada para sempre. Não pode ser deletada, alterada, nem ajustada. Isso gera uma série de possibilidades, como garantir a autenticidade de uma transação financeira, evitar fraude e sonegação fiscal. Ela permite também transações entre empresas sem a necessidade de intermediários de confiança. Quando atingir a maturidade ideal, o blockchain será tão disruptivo quanto a energia elétrica e a internet”, diz Fabio Perez, diretor do CFO Program da Deloitte no Brasil.

Gustavo Fosse, diretor setorial de Tecnologia e Automação Bancária da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), segue na mesma linha e destaca que:

“Os bancos estão atentos ao debate sobre as tecnologias disruptivas, que trazem mais velocidade, possibilitam a oferta de novos serviços e produtos e são essenciais para dar sustentação aos bancos digitais”, disse.

Mas, segundo a Deloitte, mesmo com toda inovação, s blockchain ainda é alvo de dúvidas.

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“O arcabouço regulatório ainda precisa ser discutido e aprovado. Outro aspecto que se questiona é a não existência de um órgão regulador. A responsabilidade pelo funcionamento não será de um órgão, mas do próprio software. O fato é que as empresas que adotarem o blockchain terão vantagens competitivas. O momento de entender como ela afeta o seu negócio é agora”, salienta Baptista.

Já para Othon Almeida, sócio-líder do CFO Program no Brasil, blockchain conectará a sociedade eliminando intermediários,

“Estamos diante de um grande salto. O blockchain vai conectar quem precisa de algo a quem tem, eliminando todos os processos intermediários. Será uma mudança de relacionamento entre os consumidores, que vão transacionar entre si produtos e ofertas sem a necessidade de terceiros, que encarecem substancialmente os custos. É um acelerador de processos. A empresa que não se planejar para isso poderá ser eliminada por competidores mais jovens, que já nasceram
com essa tecnologia implementada”, finaliza.

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Luciano Rodrigues

Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.

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