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DeFi: saiba tudo sobre finanças descentralizadas

O termo finanças descentralizadas – ou DeFi, como é mais conhecido – tem ganhado muita força em 2020. Muitas pessoas enxergam essa área com um potencial de crescimento similar ao das ICOs em 2018.

Porém, você sabe o que realmente significa DeFi? Neste texto você entenderá tudo sobre o tema e ainda vai conhecer os projetos mais promissores desse mercado.

Fintechs: a falsa descentralização bancária

Nos últimos anos, houve uma verdadeira explosão de fintechs no Brasil. Nosso país sempre foi conhecido pela alta concentração bancária e serviços caros e precários.

Com a proposta de facilitar o acesso a crédito e a contas bancárias, essas empresas abocanharam grandes fatias de mercado. Neon, Inter, Nubank e outras fintechs tem amealhado milhões de clientes, causando concorrência e receio aos grandes bancos.

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No entanto, mesmo estas fintechs ainda são submetidas à regulação de entes centralizados, como o Banco Central (Bacen). Além disso, seus sistemas dependem de centralização, o que ainda restringe o acesso de muitas pessoas.

Por fim, esses bancos ainda possuem riscos de segurança. O banco Neon, por exemplo, chegou a pedir falência em 2018. Já o Banco Inter teve problemas com vazamentos de dados dos usuários em mais de uma vez.

Contratos inteligentes em serviços financeiros

As plataformas de DeFi surgiram para trazer uma verdadeira descentralização aos serviços financeiros. Assim como a maioria dos criptoativos, elas são baseadas em tecnologias blockchain.

Elas oferecem serviços financeiros “tradicionais”, como empréstimos, negociações e investimentos. No entanto, esses serviços são fornecidos em um formato descentralizado e inteligente.

As DeFi atuam com base em contratos inteligentes. Com isso, elas permitem que qualquer pessoa no mundo com acesso à Internet obtenha acesso aos mercados financeiros globais. Dessa forma, elas tornam acessíveis mercados que antes eram restritos a grandes investidores, por exemplo.

Neste texto, reunimos as 10 principais plataformas DeFi que estão revolucionando as finanças por meio da descentralização baseada em blockchain.

Loopring (LRC)

A Loopring é uma uma DEX que também possui um sistema de pagamento para criptoativos. Ela opera dentro da Ethereum e é totalmente open-source e livre de terceiros de confiança.

Todos os criptoativos transacionados estão sob controle dos usuários, garantindo proteção contra roubos via ataques hackers. Ela também possui integração com a carteira MetaMask, permitindo negociações diretas sem necessidade de enviar criptomoedas.

Para negociar na Loopring não é preciso abrir conta ou enviar documentos. Basta conectar sua carteira e negociar diretamente.

Ren (REN)

O Ren é um protocolo aberto que realiza as chamadas atomic swaps, as trocas de criptoativos entre blockchains.

Esta é uma grande inovação, pois permite mais agilidade nas trocas. Com os atomic swaps, duas pessoas podem trocar Bitcoin e Ether fazendo uma transação direta entre as blockchains. Isso elimina custos de transação e evita a obrigação de depender de uma exchange para negociar outros ativos.

O principal produto da Ren é o RenVM, está focado em trazer interoperabilidade para finanças descentralizadas. A Ren atualmente possui suporte para Bitcoin, Bitcoin Cash, Zcash e tokens ERC-20 da Ethereum.

Dai (DAI)

A DAI é uma stablecoin descentralizada amplamente conhecida. O criptoativo é lastreado no dólar norte-americano (USD) e faz parte do protocolo MakerDAO.

Ao contrário de outras stablecoins, a DAI não é controlada por uma empresa. A moeda é totalmente descentralizada e regida por um contrato inteligente.

Além disso, a DAI possui o sistema Oasis Save, que funciona como uma conta de investimento. Você pode deixar seus tokens nela e ganhar rendimentos sobre eles. A conta não requer valor mínimo nem burocracias: basta conectar a carteira e começar a receber juros.

Aave (LEND)

A Aave é um protocolo surgido na Finlândia cujo nome significa “fantasma” em finalndês. A rede é criada em código aberto e permite a criação de mercados monetários. Assim como a DAI, ela possui uma plataforma que permite obter rendimentos sobre criptoativos.

Os usuários podem ganhar juros sobre depósitos ou emprestando seus ativos. Ela possui suporte ao Ether e também às principais stablecoins: USDT, USDC, DAI, TUSD, entre outros criptoativos.

Augur (REP)

O Augur é um protocolo que funciona como uma casa de apostas. Ele utiliza modelos de previsão para possibilitar aos usuários dar palpites sobre vários eventos.

Na plataforma Augur, vale qualquer tipo de aposta. Desempenho da empresa, resultados de eleições ou mesmo a ocorrência de fenômenos naturais. Até mesmo previsões de assassinatos de personalidades podem ser incluídas no quadro de apostas.

Para participar, o usuário deve comprar tokens que indicam sua opção. Os tokens podem apoiar ou refutar os resultados propostos para os eventos.

Não há limite máximo de apostas, tampouco dos prêmios. As apostas podem ser realizadas utilizando a DAI.

Syntethic Network Token (SNX)

Muitas pessoas adorariam investir em ativos como ouro e ações de grandes empresas. No entanto, o alto preço desses ativos e a dificuldade de abrir contas em corretoras podem ser um empecilho.

E é justamente para resolver isso que a SNX existe. Ela é uma rede cujos tokens (Synths) permitem exposição indireta a vários ativos. Comprando Synths, você pode se expor ao Bitcoin, ouro, dólar a custos baixos e com privacidade.

Além disso, a rede em breve permitirá a exposição a ações de grandes empresas, como Apple e Tesla. Ela ainda possui sua própria DEX, na qual é possível negociar os tokens facilmente e sem precisar de cadasto.

0x (ZRX)

O 0x (ZRX) é um protocolo de código aberto que funciona na Ethereum. Ele fornece infraestrutura e liquidez de contrato inteligentes quem permitem a troca de tokens ponto a ponto (P2P).

Além disso, é possível utilizar o token ZRX para votar em melhorias que evoluem o sistema ao longo do tempo. Os detentores de tokens também podem delegá-los em pools para obter recompensas de liquidez do protocolo. As recompensas são pagas em Ether.

Kyber Network (KNC)

O Kyber Network permite a realização entre DEXs e basicamente qualquer aplicativo. Isso permite que trocas de valores sejam realizada sem problemas entre todas as partes do ecossistema.

Adicionalmente, os desenvolvedores podem criar fluxos de pagamento e aplicativos financeiros, incluindo serviços de troca instantânea de tokens, pagamentos ERC-20 e aplicações descentralizadas (dApps).

Maker (MKR)

Lembram da DAI? Se a DAI é a stablecoin, a Maker (ou MakerDAO) é a plataforma que dá suporte a essa moeda. Isso ocorre por meio de vários sistemas internos.

A Maker possui um sistema dinâmico de Posições de Dívida Colateralizada (CDP), mecanismos de feedback autônomo e atores externos adequadamente incentivados. Todos eles contribuem para manter a segurança da rede.

Além disso, a Maker possui seu próprio token, o MKR. Esse token é criado ou destruído de acordo com a flutuação da DAI, e tem como objetivo manter seu valor estável o mais próximo possível de US$ 1,00.

Compound (COMP)

Se os aplicativos de DeFi ganharam mais repercussão, a Compound é bastante responsável por isso. A plataforma traz um sistema completo de finanças descentralizadas e gestão.

A plataforma permite aos usuários obter juros sobre empréstimos em vários tokens, incluindo stablecoins. Além disso, os detentores dos tokens podem votar e participar da elaboração dos rumos do projeto.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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