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DeFi pode ser uma bolha ou o início das novas finanças, afirma especialista

O ramo de finanças descentralizadas (DeFi) tem recebido muita atenção recentemente.

Tal atenção se traduz em uma aumento de cinco vezes em relação aos valores alocados no setor – quase R$ 15 bilhões.

Contudo, muito se questiona sobre sustentabilidade deste setor, que ainda gera certo grau de confusão.

Neste sentido, Sam Bankman-Fried falou sobre o assunto. O CEO da exchange FTX afirmou que DeFi pode ser apenas uma bolha, ou o futuro das finanças.

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DeFi é sustentável?

SBF, como Bankman-Friend também é conhecido, fez uma série de publicações em seu Twitter.

Ele afirma que o volume negociado na Curve.fi, exchange focada em DeFi, foi maior que o da Bitfinex.

O CEO da FTX então faz uma análise sobre como funcionam os “giros” em DeFi. Falando sobre a origem do dinheiro que paga os rendimentos, SBF afirma:

“Você não pode gastar valorização. Então, na verdade, o dinheiro que os caçadores de liquidez estão fazendo vem das pessoas comprando tokens de governança.

E por que eles estão comprando estes tokens de governança a um preço tão alto? Porque o valor limite dos seus projetos aumentou.”

Em outras palavras, trata-se de um ciclo. Os incentivos a liquidez geram um aumento no valor limite, valorizando os tokens.

Esse ciclo atrai mais incentivos, aumentando ainda mais o valor limite, valorizando ainda mais os tokens.

Contudo, SBF ressalta que esse ciclo se inicia “do nada”. Desta forma, ele não gera receita ou valor real para os usuários.

Ele então menciona as exchanges FCoin e BitMax como exemplos. Enquanto ambas usaram o hype de “taxas de mineração”, a BitMax abandonou lentamente este modelo.

Isso garantiu sua longevidade, enquanto a FCoin não conseguiu manter o valor de seus tokens minerados como taxas e desapareceu.

SBF conclui que o setor de DeFi se aproxima da mesma escolha: começar a criar valor, ou desaparecer quando a bolha estourar.

“O Verão DeFi pode estourar, deixando uma bagunça vergonhosa pra trás. Ou pode marcar o início da verdadeira descentralização das finanças.

Para chegar até lá, nós temos que construir bons produtos, e deixar para trás um espaço do qual nos orgulharemos quando as ilusões partirem.”

Por fim, ele elogia os projetos Compound e Uniswap, afirmando que eles podem construir produtos sólidos.

“DeFi é o ponzi do Ocidente”

Dovey Wan, investidora de risco e assessora da agência de notícias CoinDesk, tem uma opinião um pouco menos otimista sobre DeFi.

Em uma série de publicações, também no Twitter, Wan afirma que os chineses não se empolgam com DeFi.

O motivo é a exchange FCoin, citada como exemplo por SBF. Wan afirma que o “hype” das taxas pagas em tokens minerados foi prejudicial aos chineses, e se assemelha muito ao atual hype em DeFi.

Assim sendo, eles já estão mais cautelosos sobre todo o setor.

Após um seguidor de Wan afirmar que DeFi é o “ponzi do Ocidente”, ela respondeu:

“Eu não diria que isso é 100% correto, mas é quase isso.”

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Gino Matos

Tenho 28 anos, sou formado em Direito e acabei fascinado pelas criptomoedas, ramo no qual trabalho há três anos.

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