Economia

Dados revelam que menos de 10% do volume negociado de Bitcoin está nos EUA

Uma nova análise de dados sugeriu uma tendência relevante para as exchanges de criptomoedas nos Estados Unidos: uma diminuição acentuada nas negociações de Bitcoin.

Conforme indicado no relatório da CCData, as exchanges americanas como Coinbase e Kraken atualmente representam uma mera fração do volume de negociação de Bitcoin, totalizando apenas 9,49%. Em contraste, a maior parte do volume de negociação de Bitcoin continua a ocorrer na Binance, que não tem sede nos EUA.

Desde janeiro de 2023, as exchanges dos EUA têm perdido cada vez mais sua participação nas negociações de Bitcoin. Apenas em junho, os usuários negociaram US$ 239 bilhões em criptomoedas nos mercados em Spot da Binance, um aumento de 12,6% em relação a maio.

Enquanto isso, a Coinbase, apesar de responder por 61% do volume de negociação de Bitcoin entre as corretoras dos EUA, viu um volume total de apenas US$ 30 bilhões, em comparação com a Binance. O volume total de negociação Spot da Kraken foi ainda menor, totalizando US$ 16,2 bilhões.

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EUA e Bitcoin

Os pesquisadores da CCData alertaram que, embora empresas como a Binance tenham experimentado aumentos incrementais nas negociações spot de Bitcoin recentemente, “os volumes de negociação spot nas exchanges centralizadas permanecem em níveis historicamente baixos, registrando os volumes trimestrais mais baixos desde o quarto trimestre de 2019”.

Além disso, a análise indica que as exchanges de criptomoedas offshore estão começando a ser recompensadas em termos de participação de mercado.

A Bybit, com sede em Dubai, por exemplo, registrou um aumento na participação de mercado de 0,5% em junho e 1,3% em maio. As plataformas Bullish e Upbit, ambas localizadas fora dos EUA, também viram aumentos em seus negócios nos últimos dois meses. Importante destacar também que o volume de negociação de derivativos de criptomoedas supera o volume spot, uma tendência que começou em 2021.

Os derivativos representaram quase 79% de todo o mercado de criptomoedas em junho. A Binance foi novamente a líder do mercado com 56,8% de participação. A Coinbase, por outro lado, não figura entre as oito principais empresas em termos de derivativos. Após a Binance, as maiores empresas que negociam com derivativos estão todas sediadas fora dos EUA.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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