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Da eletricidade ao Bitcoin: conheça algumas das maiores criações da humanidade

Ao longo da história, a civilização humana passou por grandes períodos de crescimento, graças aos grandes avanços tecnológicos. O mais antigo – e talvez o mais notável – foi a descoberta e o domínio do fogo, que se estima ter acontecido há cerca de 700 mil anos. O Conselho Americano de Ciência e Saúde cita evidências arqueológicas que apontam para esse período.

O fogo forneceu o ímpeto para o Homo Sapiens evoluir, criando mudanças revolucionárias para os primeiros homens, o que contribuiu para o estabelecimento de assentamentos maiores e também para o desenvolvimento de ferramentas mais sofisticadas e uma melhor qualidade de vida. Esta descoberta também marca o início do desenvolvimento intelectual do homem.

Embora a lista de descobertas tecnológicas que mudaram a história seja numerosa, neste artigo falaremos de cinco delas – todas, naturalmente, posteriores à descoberta do fogo. Tratam-se das maiores inovações em tecnologia de comunicações, as quais mudaram o modo como as pessoas acessam e consomem informações e dados.

Para obter uma lista mais abrangente das maiores invenções do homem, o The Atlantic reuniu um fantástico catálogo compilado e classificado por alguns dos mais notáveis ​​historiadores, cientistas, engenheiros e empreendedores do mundo. E é com base nesse catálogo que traremos as inovações nesse texto. A última da lista, certamente, é a mais interessante.

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Prensa gráfica

Aclamada como uma das invenções mais importantes da história, a tipografia precede as demais invenções da lista em quase 400 anos. Johannes Gutenberg, nascido no então Sacro Império Romano-Germânico, é creditado como seu inventor, razão pela qual ela também é conhecida como a “prensa de Gutenberg”.

Gutenberg, que era ourives de profissão, criou uma matriz manual feita de metal, a qual tornou-se essencialmente o primeiro sistema de prensa de impressão baseado em tipografia.

A prensa possibilitou a impressão rápida e barata de documentos e livros em tiragens curtas. À medida que se espalhava pelo mundo, mais e mais pessoas tinham acesso à informação – o que levou a uma revolução intelectual e desempenhou um grande papel na história, como na Reforma Protestante.

Essa capacidade de disseminar informações também influenciou a revolução científica e o aumento da alfabetização de adultos. Ironicamente, ela também levou ao declínio do latim e ao desenvolvimento das línguas vernáculas (inglês, alemão, espanhol) em todo o mundo.

A imprensa, literalmente, acelerou a capacidade de criar e compartilhar informações em todo o mundo e desempenhou um grande papel no desenvolvimento da educação em grande escala.

Eletricidade

Enquanto a imprensa permitiu a disseminação de informações e do conhecimento em todo o mundo, as pessoas ainda tinham um grande problema de iluminação, afinal boa parte do mundo permanecia no escuro.

Isso acabaria no final do século XIX, quando vários cientistas se familiarizaram com as complexidades da eletricidade. A invenção da lâmpada, que teve inúmeros colaboradores ao longo do século XIX, trouxe a iluminação para o mundo como uma das primeiras aplicações de eletricidade amplamente utilizadas.

Uma de suas aplicações foi desenvolvida anteriormente e teve um papel ainda maior nas comunicações. O telégrafo elétrico foi desenvolvido em 1835 por Samuel Morse, o que permitiu que as pessoas enviassem mensagens pelo mundo com o uso de um circuito elétrico.

A importância da eletricidade é imensurável. Todas as plataformas para sistemas de comunicação, como telefones, máquinas de fax e, eventualmente, a internet, dependem inteiramente de circuitos elétricos. Sem a eletricidade, não é exagero afirmar que poderíamos retornar à Idade Média.

Rádio

O próximo passo no desenvolvimento da comunicação foi o surgimento do rádio. Na virada do século XIX, um certo físico e inventor italiano chamado Guglielmo Marconi patenteou a ideia de um sistema de telegrafia sem fio na Inglaterra, em 1896.

Marconi entregou seu primeiro sinal transmitido sem fio – as primeiras ondas de rádio – do outro lado do Atlântico, a partir da Ilha de Wight, em 1901. O padrão de Marconi foi tão relevante e de importância estratégica que tornou-se alvo de uma disputa com o físico sérvio Nikola Tesla, pois Marconi teria lido as patentes de Tesla para desenvolver o seu sistema. Em 1943, a Suprema Corte dos Estados Unidos deu a Tesla o crédito pela invenção do rádio, porém Marconi já havia eternizado seu nome.

Nos 20 anos seguintes, a comunicação por rádio foi usada principalmente pelos militares. Mas a partir da década de 1920, a rádio comercial foi lançada. Os programas da emissora britânica BBC começaram a ser transmitidos em 1922, fornecendo às pessoas notícias, informações e entretenimento.

O sucesso da rádio está na natureza sem fio. Qualquer pessoa com um receptor pode sintonizar uma frequência que esteja ao seu alcance e acessar mensagens e informações. Isso também significa que muitas pessoas podem beneficiar-se de um único receptor, tornando-o um dos meios mais poderosos para a troca de informações.

A comunicação via rádio então desempenhou um papel importante em trazer notícias para o povo durante a Segunda Guerra Mundial – e depois daqueles dias caóticos, passou seu foco para música e entretenimento. A comercialização mudou a natureza do rádio, mas ainda desempenha um papel importante em manter as pessoas informadas sobre grandes eventos em todo o mundo.

Internet

Enquanto o rádio e a televisão rapidamente ganharam adoção em todo o mundo a partir da década de 1920, levaria uns bons 70 anos – até os anos 90 – antes que a internet fosse acessível ao público em geral.

Suas origens começaram na década de 1960, onde o psicólogo e cientista da computação Dr J.C.R. Licklider produziu uma série de documentos que delineavam a ideia de uma “Rede Intergalática de Computadores” – que permitiria que uma rede de computadores conectados globalmente acessasse e compartilhasse dados, além de usar programas de diversos sites.

Em 1963, enquanto atuava como diretor da Agência de Projetos de Pesquisa Avançada do Departamento de Defesa dos Estados Unidos (conhecida como DARPA), Licklider lançou as bases para o desenvolvimento da ARPANET.

Com base no conceito de compartilhamento de tempo, que era o compartilhamento de recursos computacionais para vários usuários, o desenvolvimento da Internet foi impulsionado principalmente pelo uso de comutação de pacotes como um meio de transmitir informações sobre essas redes fechadas.

A partir dos anos 80, a internet como a conhecemos começou a se tornar disponível para fins comerciais, à medida que as empresas buscavam adotar e utilizar as capacidades de uma rede global. Isso levou ao surgimento dos primeiros provedores de serviços de internet.

Na virada da década de 1990, o público começou a ter acesso a serviços de e-mail e páginas básicas, e nos 10 anos seguintes houve uma explosão de crescimento, que caracterizou-se pela bolha pontocom. No entanto, o uso da internet superou a crise e passou a abarcar todas as tecnologias citadas anteriormente. Através de uma rede de computadores e servidores globais, as pessoas em todo o mundo têm acesso a um fornecimento praticamente ilimitado de informações.

Além disso, a internet oferece agora plataformas para vídeo e áudio, o que trouxe uma grande revolução no mundo do rádio e da televisão. Suas aplicações são numerosas e a internet reformulou o mundo moderno. Ela também é, em grande parte, responsável pela infraestrutura na qual a nossa próxima tecnologia foi criada.

Blockchain e criptomoedas

A internet transformou-se na estrada que une as redes globais, capacitando centenas de milhões de pessoas para poder acessar informações e se comunicar umas com as outras ao redor do mundo.

Como o mundo digital continuou a evoluir depois que a internet se tornou amplamente acessível às massas, novas tecnologias foram desenvolvidas através de sua infraestrutura.

Com a capacidade de comunicar e compartilhar dados com usuários em todo o mundo através da World Wide Web, a privacidade e a segurança também se tornaram um problema. E foi por meio desse “problema” que surgiram as bases das criptomoedas – através do desenvolvimento da tecnologia de ativos digitais.

O desenvolvimento de criptomoedas tem suas origens na década de 1980, onde “cypherpunks” previnem as ameaças à privacidade. Como o desenvolvedor de software Jameson Lopp disse em novembro de 2017, esses cypherpunks eram responsáveis ​​pela fundação da tecnologia blockchain e criptomoedas:

“A origem do cypherpunk remonta aos anos 80. Um monte de nerds que viram a promessa da internet e essas novas tecnologias de comunicação, mas também viram o lado sombrio. Eles queriam trazer tecnologias que melhoram a privacidade da própria Internet, além dos protocolos da internet, e acontece que o dinheiro digital era uma das coisas que os cypherpunks consideravam importantes para a sociedade. Uma série de cypherpunks trabalhou nisso por décadas, até que em 2008 Satoshi Nakamoto veio com uma solução elegante.”

A tecnologia de encriptação teve seu início, mais uma vez, por meio de agências governamentais e militares na década de 1960, enquanto a origem da criptografia remonta para mais longe. No entanto, uma vez que a criptografia de dados digital foi desenvolvida, foi lançada ao público no final dos anos 80 e, durante a década de 1990, o movimento cypherpunk foi oficialmente formado por Eric Hughes, Tim May e John Gilmore.

Com acesso a tecnologia que antes era de uso restrito, esses homens puderam continuar o trabalho que estava sendo feito sobre privacidade de dados. Essa tecnologia de criptografia tornou-se uma parte vital do protocolo Bitcoin.

O whitepaper de Satoshi Nakamoto até credita o trabalho do Dr. Adam Back e sua prova de trabalho em Hashcash – que é um algoritmo que pode ser usado para proteger contra ataques de negação de serviço.

O trabalho do criador do B-money, Wei Dai, o cientista da computação Ralph Merkle – que inventou o hash criptográfico – e vários outros cientistas que trabalharam na tecnologia digital de estampagem de tempo, todos contribuíram para a eventual criação do Bitcoin.

O Bitcoin nasceu em 2009, naquele fatídico 3 de janeiro, quando o bloco-gênese foi minerado. Embora sua adoção tenha sido lenta nos primeiros anos, as coisas mudaram drasticamente desde então. 2017 foi sem dúvida o ano de referência para o Bitcoin e o mercado de ativos digitais em geral. Uma grande corrida de valores viu o Bitcoin ultrapassar a marca de US$ 20.000 em dezembro – e experimentar uma forte correção poucas semanas depois.

Isso colocou em foco o Bitcoin e as criptomoedas em geral, e essa não é mais uma tecnologia obscura sobre a qual os nerds falam no intervalo do almoço no Vale do Silício. Trata-se de algo real, que está cada vez sendo mais adotado pela mídia e por grandes mercados mundiais. E, por isso, faz jus à sua presença no rol das grandes invenções humanas.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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