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CVM, Senac e Banco Mundial capacitarão jovens brasileiros sobre blockchain e programação

Com o objetivo de capacitar jovens brasileiros para atuar no setor de tecnologia financeira, o Senac, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o Banco Mundial se uniram no projeto “Programe Seu Futuro”. A iniciativa, que já formou uma turma piloto em 2019, visa atender à demanda crescente por profissionais especializados nessa área de formação. A previsão é que o curso, gratuito, tenha início no segundo semestre de 2020.

O piloto do curso foi feito com jovens da Vila Olímpica da Pavuna, bairro da zona norte do Rio de Janeiro, e incluiu assuntos como educação financeira, empreendedorismo, programação e blockchain.

Programação do curso

De acordo com o Valor Econômico, a nova fase do curso oferecerá aos alunos 800 horas de aprendizado e contará com, no mínimo, 80 professores do Senac.

A diretora de educação profissional do Senac Daniela Papelbaum detalhou ao CriptoFácil o programa do curso:

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“O curso se estrutura a partir da Qualificação Profissional em Programador de Sistemas (foco em linguagem Python), conhecimentos em Programação WEB (HTML / CSS) e introdução ao universo Blockchain (noções e princípios do design Blockchain; reconhecimento de termos como minerador, hash, nonce, consenso, chave criptográfica pública, criptoativos, smart contract, DApp, e identidade auto-soberana; principais desafios de implementação da tecnologia Blockchain.”

Segundo Papelbaum, o projeto tem por objetivo aumentar a empregabilidade dos jovens de 14 a 24 anos em um setor no qual faltam profissionais qualificados no Brasil.

“Para os jovens o programa representa uma oportunidade para a construção de perspectivas de carreira e vivência de formação profissional cidadã. Além disso é uma possibilidade de ter o primeiro emprego formal, aprender uma profissão, começar a buscar sua independência financeira para realizar seu projeto de vida”, explicou.

Já para as empresas, o “Programe Seu Futuro” ´é uma oportunidade de aumento da produtividade, a partir de possibilidade de contratação futura de um profissional capacitado no ambiente de trabalho da própria organização.

Resolvendo a transição entre escola e emprego

O superintendente de orientação e proteção aos investidores da CVM, José Alexandre Vasco, explicou que a entidade foi procurada pelo Banco Mundial para fazer uma avaliação de impacto no país. O objetivo era resolver a transição da escola para o emprego.   

“O foco era educação financeira, mas achamos que seria importante trazer algo que fizesse diferença em termos de profissionalização. Sugerimos uma academia, não só de programação, mas de blockchain”, disse. 

Vasco também explicou que ficou decidido trabalhar com o programa Jovem Aprendiz. A Lei da Aprendizagem determina que uma cota entre 5% e 15% das vagas das companhias de médio e grande porte seja destinada aos jovens estudantes ou formados entre 14 a 24 anos. O Banco Mundial estima que será necessária uma participação de 700 jovens no programa.

Para a diretora de educação profissional do Senac, Anna Beatriz Waehneldt, a proposta curricular é inovadora pois a maior parte dos cursos de jovens aprendizes é focada no comércio e em áreas administrativas. Segundo ela, há necessidade de aproximar a proposta desses cursos às demandas das empresas. 

“A CVM nos trouxe essa necessidade. Hoje, é preciso que os jovens tenham domínio do novo mercado de tecnologia financeira. No varejo e no setor administrativo, a automação está crescendo. Precisamos olhar para o futuro para que ele possa ingressar, se manter e ter perspectiva de mobilidade no mercado de trabalho”, observou.

O Senac é uma das principais instituições formadoras do Brasil. Dos 400 mil jovens aprendizes, 42,5% são do Senac.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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