Economia

Custodiante de cripto Prime Trust entra com pedido de recuperação judicial

Na última segunda-feira (14), a custodiante de criptomoedas Prime Trust, com sede em Las Vegas, concretizou o que muitos já imaginavam. A empresa entrou com pedido de recuperação judicial do Capítulo 11 nos Estados Unidos, no estado de Delaware.

O pedido de proteção contra falência veio após a Prime Trust relatar déficits nos fundos dos clientes. A custodiante de cripto informou que tem de 25.000 a 50.000 credores. Além disso, estima-se que os passivos estejam na casa dos US$ 500 milhões.

Em meados de agostos começaram a circular notícias sobre a instabilidade financeira da empresa. Diante disso, membros da comunidade de criptomoedas já haviam sinalizado a posição instável da empresa, indicando que a Prime Trust poderia entrar com pedido de recuperação judicial.

Prime Trust pede proteção contra falência

Mas, antes disso, no fim de junho, o regulador do estado de Nevada emitiu uma ordem de cessar e desistir para a Prime Trust. Na ocasião, o regulador alegou que a custodiante de criptomoedas  tinha um déficit de fundos dos clientes. Nesse sentido, não seria capaz de honrar as retiradas dos seus usuários. Essa ação ocorreu após uma série de dificuldades para a Prime Trust e empresas a ela ligadas no último ano.

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No mesmo mês, a Prime ganhou as manchetes quando o custodiante BitGo assinou uma carta de intenção para adquirir a empresa. Contudo, a BitGo desistiu do negócio apenas duas semanas depois.

Mais tarde naquele mês, a subsidiária do Prime Trust Banq entrou com pedido de falência devido a uma suposta má administração do ex-CEO Scott Purcell.

A Prime foi fundada em 2016 pelo empresário Scott Purcell, que deixou a empresa em 2021. Naquele mesmo ano, ele criou a companhia Fortress Trust. Assim que os primeiros problemas da Prime surgiram, Purcell comentou que o Fortress não tinha exposição à sua antiga empresa.

Com o pedido de proteção contra falência, a Prime Trust se junta a diversas empresas que seguiram o mesmo caminho. Isso inclui, por exemplo, a exchange FTX, a Celsius.

A Prime Trust disse que o pedido de falência facilitará uma avaliação ordenada das opções, incluindo uma possível venda dos ativos, por exemplo.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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