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Crise na Evergrande e minério de ferro voltam a derrubar ações brasileiras

O índice Ibovespa (IBOV) opera em forte queda de 3,1% até às 14h desta segunda-feira (20). Como resultado, o índice opera agora aos 108.090 pontos, abaixo do suporte dos 110 mil pontos. Enquanto isso, o dólar opera em alta de 1,28%, cotado aos R$ 5,35.

Tanto o IBOV quanto o dólar seguem afetados pelo temor global a respeito da gigante China Evergrande, maior incorporadora de imóveis do país. Além disso, a queda no preço do minério de ferro afetou as maiores empresas produtoras da commodity no Brasil, o que influenciou nas quedas do IBOV.

Por fim, as reuniões dos comitês de política monetária do Federal Reserve (Fed) e do Banco Central do Brasil (Bacen) estão na lista. A expectativa por novos aumentos de juros e pela posição das instituições também são aguardadas pelo mercado.

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Minério de ferro afeta empresas brasileiras

O dia foi de feriado na China devido ao Festival da Lua, portanto não houve pregão no país. Mas em Cingapura, o minério de ferro caiu mais de 8% e foi negociado a US$ 92,80 por tonelada. Em apenas dois meses, o minério acumula uma baixa de 55%.

Na esteira da queda do minério de ferro, as empresas do setor de siderurgia operaram em forte baixa até as 14h. Usiminas (USIM5) caía 3,02%, negociada a R$ 13,49, CSN (CSNA3) perdia 3,56%, para R$ 28,74, enquanto a Vale (VALE3), tinha desvalorização de 3,18%, para R$ 83,44.

Dois fatores influenciaram para o baixo resultado. Em primeiro lugar veio a decisão chinesa de limitar a produção de minério de ferro visando cumprir metas ambientais. Em segundo lugar está a desaceleração do setor imobiliário chinês, que encontra-se numa crise sem precedentes.

Falência da Evergrande ameaça mercado global

O cenário macroeconômico tem sido duramente afetado pelo risco da Evergrande. A incorporadora chinesa possui nada menos que US$ 300 bilhões em dívidas totais e, de acordo com a própria empresa, será incapaz de rolar sua dívida a partir desta segunda-feira.

Isso significa que a Evergrande não terá como pagar suas obrigações, ou seja, poderá dar um calote. O problema é que grandes bancos e até fundos estão entre os credores da empresa.

Caso o calote de fato aconteça, a falência da empresa pode causar danos em todo o sistema financeiro. A data-chave para a Evergrande é a próxima quinta-feira (23), data em que parte da dívida irá vencer. Se o pagamento não acontecer, as consequências serão imprevisíveis e potencialmente catastróficas.

Como resultado, as ações da empresa voltaram a registrar forte queda na bolsa de Hong Kong, fechando o pregão com perdas de 10,24% – a bolsa de Hong Kong fecha o pregão às 7h, horário de Brasília. O preço da ação caiu para HK$ 2,28, menor valor desde maio de 2010. No total, os papéis da Evergrande acumulam queda de 84% em 2021.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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