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Crise: Bitcoin perdeu 70 mil milionários em 2022

Com a virada do ano novo, é possível ver mais claramente como a queda do preço do Bitcoin (BTC) prejudicou o mercado. Um desses indicadores é o número de carteiras com mais de US$ 1 milhão de BTC, os “milionários do Bitcoin”.

De acordo com uma pesquisa, o número de carteiras desse tipo encolheu 70 mil endereços no ano passado. Ou seja, a valorização fez 70 mil investidores “perderem” o status de milionários.

Cabe frisar, no entanto, que isso se refere a perdas gerais, isto é, tanto por vendas quanto perdas não realizadas. Nomes como Michael Saylor, por exemplo, sofreram perdas de riqueza mesmo sem vender nenhum BTC no ano passado.

Já se passou mais de um ano desde o último topo histórico do BTC – US$ 68.789 em 10 de novembro de 2021. Somente no ano passado, o preço da criptomoeda caiu 75%, um das quedas mais severas da história.

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Novas previsões para o BTC

Antes, os investidores esperavam que o suporte psicológico de US$ 20.000 persistisse até outro mercado em alta. Contudo, agora o precioso suporte transformou-se em uma nova – e forte – resistência para novas valorizações

À medida que o consenso regulatório se firma, os investidores institucionais com bolsos profundos em busca de retornos (ROI) de alto desempenho estão prontos para impulsionar a sorte dos mercados de BTC. Só que o preço deve cair mais antes de voltar para o terreno positivo.

Uma estimativa do analista Mark Mobius, que fez seu nome negociando na Franklin Templeton Investments, é que o preço do Bitcoin cairá mais 70%, chegando aos US$ 10 mil. Ele baseia sua suposição no aumento das taxas de juros e no aperto da política do banco central este ano.

Ainda assim, outros analistas têm projeções otimistas de alta. Eles variam de US$ 50 mil no terceiro ou quarto trimestre, de acordo com a professora Carol Alexander (Universidade de Sussex), até os US$ 250 mil por BTC de Tim Draper. Mas a previsão de Draper parece improvável no médio prazo.

Draper raciocina que, quando as mulheres começarem a adotar o BTC, é quando o preço fará esse movimento. Segundo o investidor, a maior parte do dinheiro potencial está nas mãos do público feminino.

“Minha suposição é que, uma vez que as mulheres controlam 80% dos gastos no varejo e apenas 1 em cada 7 carteiras de BTC são atualmente mantidas por mulheres, a barragem está prestes a quebrar”, disse.

Dados da blockchain indicam tempos difíceis

Enquanto isso, os dados on-chain revelam um ecossistema Bitcoin drasticamente diferente daquele cheio de capital e volume durante a bolha que terminou em 2021. Naquela época, o valor de mercado total do BTC era de US$ 1 trilhão e havia muito dinheiro e liquidez nos mercados.

Com isso, os investidores colocavam somas cada vez maiores, o que levou a criptomoeda a alcançar novos recordes. Dados on-chain revelaram que o número de endereços Bitcoin com US$ 1 milhão ou mais ultrapassou o limite de 100.000 dois anos atrás – o que representou um aumento de 400% em relação ao nível de 25.000 cinco meses antes.

Mas a história é diferente em 2023. Hoje existem apenas 24.391 desse endereços no mercado, ou seja, 70.000 milionários de BTC a menos. Isso não significa necessariamente que haja muito menos milionários. É possível que eles tenham espalhado suas participações em mais endereços.

Mas, no geral, essa diminuição se deu por causa da queda dos preços das criptomoedas. Se eles voltarem a subir, com interesse renovado de investidores profissionais e de varejo, especialmente em grandes fundos institucionais, os milionários poderão aumentar.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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