Economia

Criptomoedas representam risco para sistema bancário dos EUA, diz FDIC

Em seu relatório anual de riscos, o FDIC (Federal Deposit Insurance Corporation), agência federal dos Estados Unidos de garantia de depósitos bancários, alertou que as criptomoedas representam riscos para o sistema bancários dos EUA.

De acordo com o FDIC, as criptomoedas apresentam riscos “novos e complexos que são difíceis de avaliar totalmente”. Isso porque os ativos digitais apresentam uma “natureza dinâmica”.

“Alguns dos principais riscos associados aos criptoativos e aos participantes do setor de criptoativos incluem aqueles relacionados a fraude, incertezas jurídicas, representações e divulgações enganosas ou imprecisas, práticas de gerenciamento de risco que exibem falta de maturidade e robustez e plataformas e outras vulnerabilidades operacionais”, destacou o FDIC.

Além disso, o relatório apontou que um possível risco de contágio dentro do setor de criptoativos. Afinal, muitas empresas do setor estão conectadas. E isso, segundo o FDIC, pode apresentar riscos de concentração para bancos com exposição ao setor de criptoativos.

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O relatório também abordou as stablecoins, em particular. O FDIC alegou que essas criptomoedas estão suscetíveis a correr riscos e podem criar o potencial para saídas de depósitos em bancos que detêm reservas de stablecoins.

Medidas do FDIC para riscos das criptomoedas

O FDIC informou que tem tomado várias medidas à luz desses riscos emergentes. Isso porque o órgão está ciente de que alguns bancos estão interessados em atividades relacionadas a criptomoedas. Em abril de 2022, por exemplo, o FDIC emitiu a Carta de Instituição Financeira (FIL) 016-2022.

O instrumento solicita às instituições supervisionadas pelo FDIC que notifiquem o órgão sobre as atividades relacionadas a criptomoedas nas quais estão envolvidas ou pretendem se envolver. As atividades incluem custódia, manutenção de reservas de stablecoin, emissão de criptomoedas, atuação como formador de mercado, participação de sistemas de liquidação ou pagamento baseados em blockchain, entre outras.

Ainda segundo o documento, desde 2022 o FDIC já tomou medidas contra mais de 85 entidades de cripto. Essas empresas “deturparam a natureza, extensão ou disponibilidade do seguro de depósito”, conforme apontou o FDIC. Em alguns casos, essas empresas fizeram alegações enganosas em relação aos criptoativos serem elegíveis para o seguro do FDIC.

“O FDIC, em coordenação com outras agências bancárias federais, continua monitorando de perto as exposições relacionadas a criptoativos de organizações bancárias”, disse o FDIC.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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