Criminosos que sequestraram e extorquiram Bitcoin de investidor são identificados graças à blockchain

Um caso recente que envolveu sequestro e extorsão de Bitcoin (BTC) de um investidor foi solucionado graças à blockchain.

O caso em questão ocorreu em São Paulo, em maio deste ano. De acordo com o processo judicial, os criminosos coagiram a vítima a transferir todo o seu patrimônio em BTC para eles. Isso ocorreu após os criminosos  sequestrarem a sua família.

Ao todo, a vítima teve que enviar para a posse dos sequestradores 15.08478429 BTC. Ou seja, cerca de R$ 2,32 milhões, na cotação do momento do crime.

Apesar do susto, as autoridades policiais conseguiram identificar a quadrilha e localizar os Bitcoins. Isso tudo graças a um serviço de investigação privada que faz análises das movimentações na blockchain.

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Entenda o caso

No final de maio, os criminosos armados abordaram a esposa da vítima enquanto ela estava em seu carro. Em seguida, eles a levaram para um cativeiro.

Ao mesmo tempo, outra parte da quadrilha foi até o apartamento do casal, amarrou e coagiu o marido a enviar os Bitcoins de sua hardware wallet Trezor para uma conta controle.

Após o crime, a vítima contratou a MyKYC, empresa brasileira de investigação em blockchain, especializada em soluções de compliance e anti lavagem de dinheiro para ativos cripto.

De acordo com o laudo da investigação anexado ao processo, a empresa conseguiu validar e garantir que os endereços de origem das criptomoedas eram de fato da vítima. Além disso, a empresa pode mapear todas as transações e identificar os endereços de destino final dos ativos.

O laudo também aponta que os criminosos usaram a técnica “smurfing”, que consiste no fracionamento de uma grande quantia em pequenos valores e várias transações.

Criminosos usam essa técnica para tentar ocultar a “trilha” das criptomoedas. Mas, neste caso, foi possível identificar que os criminosos enviaram os BTC para três endereços de posse das exchanges Bitso e Binance.

Blockchain facilita a identificação de crimes

Apesar das alegações de que o Bitcoin e outros criptoativos facilitariam o cometimento de crimes, esse caso mostra exatamente o oposto.

Afinal, a blockchain, nesse caso, foi de suma importância para a identificação dos criminosos, bem como para a recuperação dos ativos.

Foi o que afirmou Rafael Steinfeld, advogado e empresário conhecido no ramo dos criptoativos. Ele assinou o laudo de investigação e é também o responsável pela empresa MyKYC.

Ele afirma que os criminosos não conhecem o funcionamento de uma blockchain. Por isso, eles cometem crimes como este sob a falsa crença de que os ativos digitais não podem ser rastreado.

“Todos os casos investigados pela MyKYC são sigilosos. Então, não podemos nos manifestar sobre os detalhes concretos do caso. Porém, é importante deixar claro que o cometimento de crimes envolvendo criptoativos não é tão fácil como os criminosos imaginam. Afinal, as transações são totalmente rastreáveis e os seus autores são rapidamente identificados com os dados da blockchain”, disse ele.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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