Crimes com criptomoedas aumentam: saiba como proteger seus ativos

No último ano, o mercado de criptomoedas tem atraído cada vez mais investidores e entusiastas de finanças e tecnologias.

Apenas no último mês, os brasileiros negociaram cerca de 747 BTC ao dia, um aumento de 28,56% em relação a fevereiro, segundo dados do CointraderMonitor (CTM).

Neste período, o volume de transações do ativo foi de 23.181,44 BTC, o equivalente a quase R$ 4,9 bilhões. Assim como a popularidade do ativo, infelizmente, o índice de crimes envolvendo as criptomoedas também aumentou.

De acordo com o Crypto Crime Report 2022, estes crimes somaram U$ 21 bilhões em 2021. Trata-se de um aumento de 79% em relação ao ano anterior.

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Apesar do alto valor, a pesquisa aponta que as transações ilícitas correspondem a apenas 0,15% de todas as movimentações feitas em criptomoedas no ano, confirmando o potencial frutífero das criptomoedas.

Com base nisso, para orientar os investidores a se precaver de possíveis golpes neste mercado, especialistas reúnem dicas valiosas para operar seus Bitcoins de forma segura.

Desconfie de dinheiro fácil

Rafael Izidoro, CEO da Rispar, primeira fintech a oferecer crédito em reais com garantia em criptomoedas, explica que, com o aumento da popularidade do mercado de criptoativos, é muito comum surgirem empresas de procedências duvidosas e sem uma estrutura adequada na gestão dos investimentos.

“Uma dica é sempre buscar quem está por trás de cada projeto e verificar se operam em uma estrutura regulada que proteja o usuário. Desconfie de produtos que prometem dinheiro fácil”, alerta.

Enquanto isso, para Lucas Schoch, CEO da Bitfy, primeiramente o investidor deve ter como principal cuidado a escolha de uma empresa idônea que possua uma carteira digital de custódia própria para armazenar, transferir e utilizar as principais criptomoedas do mercado de forma fácil e segura.

Já de acordo com Safiri Felix, diretor de produtos e parcerias da Transfero, é fundamental entender sobre auto-custódia. Ou seja, quando o usuário tem total controle sobre as criptomoedas. Além disso, ele recomenda adquirir uma hardware wallet, dispositivo similar a um pendrive onde se pode guardar chaves e os criptoativos.

“Especialmente quando falamos de valores maiores e posições de longo prazo, é altamente recomendável que o investidor pesquise e entenda sobre a auto-custódia e adquira uma hard wallets. Ledger e Trezor são os modelos mais indicados”, acrescenta Safiri.

Principais cuidados

Por fim, Bruno Soares, CTO da Foxbit, também deu algumas dicas e principais cuidados básicos para proteger ativos digitais.

  • Usar o segundo fator de autenticação;
  • Utilizar senha diferente das usadas em outros sites ou redes sociais;
  • Sempre confirmar o endereço do site, principalmente da tela de login;
  • Evitar o uso de dispositivo de terceiros e/ou rede WI-FI pública para acesso;
  • Usar computador ou dispositivo móvel com versões de programas recentes e atualizadas, além de mecanismos de segurança como antivírus e firewall pessoal;
  • Tomar cuidado com extensões de navegadores.
  • Em caso de uso do App, utilizar o aplicativo fornecido pela Foxbit nas Lojas Oficiais Google Play e Apple Store;
  • Usar senhas com o maior número de caracteres possível e com diferentes tipos de caracteres;
  • Não usar dados pessoais no processo de elaboração da senha;
  • Trocar periodicamente suas senhas;

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Luciano Rodrigues

Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.

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