Economia

Credor da Mt. Gox descarta rumores de despejo massivo de Bitcoin no mercado

O eventual despejo de Bitcoins (BTC) por parte dos credores da Mt. Gox no mercado é uma possibilidade que causa apreensão no mercado cripto em geral.

No último fim de semana, surgiram rumores no Twitter de que a antiga corretora de criptomoedas Mt. Gox despejaria no mercado 137.000 Bitcoins, equivalentes a R$ 14 bilhões.

E, ao que parece, essas alegações ajudaram a derrubar o preço do Bitcoin abaixo de US$ 20.000 (R$ 100.700), mesmo sem uma confirmação oficial por parte da corretora.

Depois do alvoroço, os credores da Mt. Gox foram ao Twitter para desmentir a história. Eles disseram que o sistema de reembolso da extinta exchange ainda não está ativo.

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Bitcoins da Mt. Gox não vão inundar mercado cripto

De acordo com Eric Wall, que se apresentou como credor do Mt. Gox, a informação sobre o despejo de 137.000 BTC é falsa. Isso porque, segundo ele, a plataforma ainda não completou a infraestrutura necessária para iniciar os pagamentos.

“PSA: MtGox *NÃO* está distribuindo moedas nesta semana, ou na próxima semana, ou na semana seguinte. Fonte: Sou credor MtGox. O sistema de reembolso ainda não está ativo. Próximo passo: Vá e bloqueie @TheAltcoinHub por espalhar essa desinformação”, tuitou ele.

Além disso, no “fio” que publicou no Twitter, Wall disse que, no momento, as pessoas ainda não conseguem registrar para onde (qual exchange) desejam que os seus pagamentos em Bitcoin e Bitcoin Cash (BCH) sejam enviados.

O credor também disse que é provável que os pagamentos ocorram em várias parcelas, afastando o temor de um despejo em massa de BTC.

Compartilhando o que parece ser uma captura da tela de algum site da empresa, Wall afirmou que a exchange de criptomoedas ainda não forneceu um cronograma detalhado sobre o processo de reembolso. Por fim, Wall informou que não está vendendo os seus Bitcoins.

“Por quê? Os preços não parecem muito atraentes para vender no momento. Eu prefiro comprar aqui do que vender”, tuitou ele.

Em seguida, ele começou a tuitar os @ dos usuários que, segundo ele, espalharam a desinformação sobre o despejo em massa de BTC.

Entenda o caso do Hack da Mt. Gox

A Mt. Gox, com sede no Jaoão, foi uma das primeiras exchanges do mercado cripto e chegou a responder por 80% do volume de BTC negociado em todo o mundo. Entretanto, um ataque hacker causou a perda de 850 mil BTC em 2014. O ataque ainda é o maior roubo de BTC em toda a história.

Quando ocorreu o evento, os clientes da empresa não puderam receber indenização por seus prejuízos. E, nos últimos anos, os investidores lutaram na justiça para serem reembolsados. Embora um plano de reembolso esteja em andamento, ainda não há um cronograma oficial.

Em julho deste ano, Nobuaki Kobayashi, o administrador nomeado no plano de reabilitação de Mt. Gox, confirmou que a exchange está se preparando para pagar os seus credores. O plano de reabilitação obteve aprovação em 2021. No entanto, dos 850.000 BTC devidos, a exchange tem apenas 137.000 BTC para pagar aos seus credores.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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