Categorias Notícias

Coreia proíbe desenvolvedores da Terra (LUNA) de deixarem o país

O caso da rede Terra (LUNA) parece não ter fim. Dessa vez, os promotores do país estão proibindo os desenvolvedores e ex-desenvolvedores de Terra de deixar o país. De acordo com portais de notícia locais, a proibição é válida até que as investigações sobre o projeto cripto fracassado continuem.

Conforme noticiou o CriptoFácil, no início do mês de maio a stablecoin Terra USD (UST), da rede Terra, perdeu sua paridade de 1:1 com o dólar dos EUA.

Em seguida, a criptomoeda nativa do projeto, LUNA, viu seu preço ir a zero como parte do plano para salvar UST.

No fim, nem LUNA e nem UST sobreviveram. Além disso, a rede precisou passar por um hard fork e criou-se a LUNA 2.0 e Terra 2.0. Enquanto isso, a LUNA e a Terra antigas viraram “Classic”.

🚀 Buscando a próxima moeda 100x?
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora

Logo após a derrocada do projeto, Do Kwon, criador do projeto, começou a ser investigado tanto na Coreia, país sede da rede, quanto nos Estados Unidos.

Embargos de viagem

Agora, de acordo com o portal de notícias coreano JTBC News, as autoridades constituíram uma Equipe de Investigação Conjunta de Crimes Financeiros e de Valores Mobiliários.

A equipe diz que o embargo de viagens é para impedir que pessoas de interesse no caso deixem o país.

Além disso, essa medida pode ser uma preparação para ações de investigação adicionais. Isso inclui, por exemplo, buscas e apreensões, bem como intimações para outras pessoas envolvidas no caso.

Um dos ex-desenvolvedores de Terra, Daniel Hong, comentou no Twitter sobre a decisão das autoridades do país:

“Pare de me perguntar por que eu não consegui ir a Nova Iorque. É por isso: o governo coreano impôs uma proibição de saída para todos os ex-funcionários de Terra hoje”, tuitou ele nesta segunda-feira (20).

Em seguida, Hong tuitou que nenhum deles, ex-desenvolvedores, foi notificado disso. Ao mesmo tempo, afirmou que a decisão é ultrajante:

“Quando eu descobri sobre isso, a promotoria sul-coreana me disse que eles em geral não notificam as pessoas sobre isso porque elas podem destruir evidências e/ou deixar o país antes. [Para ser honesto] tratar pessoas como criminosos em potencial dessa forma é absolutamente ultrajante e inaceitável. Aposto que quem estava disposto a cooperar não vai mais querer depois dessa loucura.”

Investigações em andamento

Vale destacar que autoridades também investigam a Terraform Labs, empresa por trás do projeto, por possível evasão fiscal na Coreia do Sul. O valor da suposta dívida é de cerca de US$ 78 milhões. Sobre este assunto, Kwon havia dito anteriormente que a empresa não possui dívidas fiscais pendentes no país.

Além disso, segundo fontes locais, estaria também em andamento uma investigação sobre um suposto esquema de lavagem de dinheiro de Do Kwon.

Conforme noticiou o CriptoFácil, fontes disseram à CVM dos EUA, a SEC, que Do Kwon movia US$ 80 milhões (cerca de R$ 400 milhões) em tokens UST e LUNA para suas carteiras e os sacava todos os meses antes do colapso do ecossistema.

Segundo a SEC, Do Kwon iniciou os saques de US$ 80 milhões alguns meses antes dos tokens colapsarem. Por isso, eles consideram esta atividade suspeita e relacionada à lavagem de dinheiro.

Leia também: Irã corta fornecimento de energia para mineradores de Bitcoin

Leia também: Protocolo Solend bloqueia fundos de grande investidor e depois volta atrás

Leia também: Capitual esclarece parceria com exchanges e diz que aguarda adequação da Binance

Compartilhar
Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

This website uses cookies.