Coreia do Sul proíbe ofertas iniciais de criptomoedas, as ICOs

A Comissão de Serviços Financeiros da Coreia do Sul (FSC, na sigla em inglês), órgão regulador do mercado financeiro, anunciou a proibição de todas as ofertas iniciais de criptomoedas (ICOs, na sigla em inglês) que estejam registradas no país asiático.

A decisão foi feita após uma reunião da agência reguladora para deliberar sobre temas relacionados às moedas virtuais.

Além das ICOs, estão também proibidas as negociações de margem (margin trading) nas corretoras do país.

As ofertas iniciais de moedas se popularizaram em 2017 como uma forma rápida e sem barreiras burocráticas e regulatórias de levantar capital para startups em todo mundo. Segundo o ICO Tracker, da CoinDesk, somente neste ano, cerca de US$2 bilhões foram viabilizados.

A Coreia do Sul transformou-se em um dos principais mercados mundiais de criptomoedas nos últimos meses. Atualmente, cerca de 10% do volume de negócios em todo mundo é feito com o won sul-coreano, moeda nacional do país.

A FSC também planeja realizar inspeções in loco nas operações das corretoras sul-coreanas. O órgão ainda cita uma onda recente de prisões e fechamentos de empresas envolvidas em campanhas de marketing falsas sobre criptomoedas, que aparentemente levantaram algo em torno de US$22 milhões de mil investidores.

Devido a essas atividades criminais, a agência reguladora decidiu criar um “Centro de Detenção para Moeda Virtual”, segundo comunicado do órgão traduzido a partir da língua sul-coreana.

A proibição da Coreia do Sul acontece no mesmo mês em que a China também baniu todas as ICOs. Nos Estados Unidos, a Comissão de Valores Mobiliários (SEC, na sigla em inglês) criou uma força-tarefa e uma Unidade Cibernética para fiscalizar esse tipo de oferta de investimento ao mercado.

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Milton Leal

Jornalista econômico com mais de 10 anos de experiência, documentarista e viajante do mundo. Conheceu a Blockchain no final de 2014. Desde então, acredita na descentralização como meio para a revolução.

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