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Exchanges ajudam polícia coreana a encontrar criptomoedas em caso que chocou o país

Quatro grandes exchanges coreanas declararam, no dia 25 de março, que estão ajudando ativamente a polícia no caso Nth Room que chocou a Coreia do Sul recentemente.

A operação busca encontrar os 10.000 usuários e os responsáveis por salas de bate papo que as usam para distribuir vídeos ilegais e cobram taxas de associação para obter lucro. Um dos responsáveis por essas sala, Cho Ju-bin, da “Doctor Room”, confirmou ter conseguido mais de US$ 3 milhões – sendo parte do valor pago em criptomoedas, distribuídas em 513 carteiras.

Com isso, a polícia sul-coreana enviou um aviso de assistência às quatro principais exchanges na Coréia do Sul (Upbit, Bithumb, Coinone e Korbit) para investigar os membros do grupo de bate-papo no incidente dos Nth Rooms. As exchanges concordaram em ajudar ativamente a polícia em suas investigações.

Embora a polícia não tenha confirmado, de acordo com as informações pessoais deixadas pelas exchanges, entre os 10.000 membros que pagaram as taxas, há professores, artistas populares, estrelas do esporte e famosos CEOs de empresas iniciantes.

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Como os grupos funcionavam?

Para ingressar em um Nth Room, era preciso pagar cerca de US$ 1.200 que, segundo o Yonhap News, deveria ser enviado em criptomoedas.

Ju-bin já estava preso, contudo, sua identidade não foi revelada. Apenas após uma petição que contou com 5 milhões de assinaturas é que a identidade do sul coreano foi revelada. Ao todo, 74 garotas foram exploradas por meio das promessas – que envolviam um emprego de modelo ou acompanhante de luxo -, 16 delas menores de idade.

Cada um dos Nth Rooms continha vídeos de três a quatro garotas, ameaçadas pelos operadores das salas. Elas deveriam ficar ativas em aplicativos de mensagem, ou no Twitter, além de se envolverem com prostituição ou conversas de cunho sexual para obter dinheiro.

Algumas das propostas, como afirma uma garota menor de idade explorada, envolviam dinheiro e um celular novo. O crime mobilizou a Coreia do Sul, tendo o Ministro da Igualdade de Gênero, Lee Jung-ok, prometido revisar as leis acerca de crimes sexuais – incluindo ameaças online e extorsão de crianças e adolescentes.

Contudo, é importante ressaltar que a medida está longe de mudar o contexto do país, no qual estar bêbado é excludente de ilicitude em casos de estupro.

A Agência Nacional de Polícia da Coreia do Sul disse aos repórteres que 124 suspeitos foram presos, 18 deles sendo operadores das salas Nth. Ju-bin está entre um dos 18 presos na operação.

Entretanto, o usuário no Telegram conhecido como GodGod, suspeito de dar início ao esquema que foi seguido por Ju-bin, ainda está foragido.

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Julia Santos

Estudante de engenharia e entusiasta do mundo da blockchain e criptomoedas

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