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Contratos inteligentes no Bitcoin entram em fase de testes

O Projeto RGB, que pretende permitir o desenvolvimento de contratos inteligentes usando a blockchain do Bitcoin, entrou em fase de testes.

Assim, segundo anunciado por Olga Ukolova, uma das principais colaboradoras do projeto, o protocolo inicia uma nova fase de seu desenvolvimento.

Ukolova também destacou que o RGB é compatível com a Lightning Network, desta forma, será o primeiro protocolo de contratos inteligentes habilitado para a LN.

Contudo, a desenvolvedora observou que essa funcionalidade ainda está sendo desenvolvida em todos os seus aspectos.

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Peter Tood

Ukolova compartilhou um vídeo demonstrando como usar o sistema e respondendo às perguntas da comunidade.

A colaboradora ressaltou que, diferentemente das “colored coins”, a arquitetura deste protocolo é baseada na validação do lado do cliente. Portanto, trata-se de um conceito totalmente novo desenvolvido por Peter Todd, um renomado pioneiro do Bitcoin.

“O RGB é um sistema de contrato inteligente escalável e confidencial no Bitcoin, construído com o paradigma de validação do cliente”, disse.

Já Maxim Orlovsky, um dos desenvolvedores do projeto, definiu o protocolo como a maneira correta de executar contratos inteligentes no Bitcoin. Já que, segundo ele, no RGB não se usa um token nativo ou ICO.

“O RGB é completamente privado e confidencial, sem mineradores ou mecanismos de incentivo”, disse.

Adeus mineradores?

Na sessão de perguntas sobre o RGB, é possível ler que a validação do cliente coloca o controle dos dados no usuário ou na operadora dos fundos, e não no protocolo de consenso público. Além disso, as perguntas frequentes também listam propriedades como confidencialidade, segurança e escalabilidade.

Por outro lado, os questionamentos também revelam que o protocolo não é propício ao congestionamento da rede e que já está preparado para implementações futuras, como Taproot e Schnorr.

RGB

De acordo com o FAQ, com o RGB é possível emitir ativos líquidos por usuários individuais ou associados do grupo, publicamente ou anonimamente.

Também permite implementar mecanismos de votação, emitir ativos não dispensáveis, como tokens colecionáveis ​​de obras de arte ou jogos, além de gerenciar a identidade digital e as chaves privadas.

Em maio passado, o Dr. Ukolova apontou diferenças entre o RGB e outros protocolos de emissão de token, como RSK e Liquid. Portanto, segundo ele, o RGB tem mais privacidade e funciona por padrão com o Lightning Network.

Ele também aponta que não consome espaço em blockchain. Isso porque os usuários podem emitir transações diretamente entre eles, sem a validação dos mineradores.

Porém isso seria conseguido adquirindo um compromisso de pagamento entre as partes através de um contrato inteligente.

Liquid

Em comparação com o Liquid, o RGB constitui um sistema de contratos padrão inteligentes confidenciais sem a necessidade de federar a validação.

Já comparado a outras blockchains, os desenvolvedores destacam que uma vantagem do protocolo é trabalhar em uma rede aberta, verdadeiramente descentralizada e resistente à censura como o Bitcoin. Desta forma, fora dos critérios corporativos de redes como Ethereum e EOS.

Interessante notar que os desenvolvedores destacam que, apesar de tudo isso, o RGB não é uma blockchain, no sentido puro como a blockchain do Bitcoin.

O protocolo RGB foi introduzido há quase dois anos pelo Giacomo Zucco como uma maneira de aproveitar as funcionalidades do Bitcoin para emitir tokens com base em contratos inteligentes.

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Luciano Rodrigues

Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.

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