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Conheça as duas vezes em que a rede Bitcoin ficou fora do ar

Quando se fala em Bitcoin, um dos argumentos é que a rede do criptoativo dominante do mercado nunca ficou fora do ar. Contudo, tal informação está incorreta, segundo dados do site Bitcoin Uptime, no qual é exibido que o tempo total no ar da rede Bitcoin é de 99,98%. Ao longo dos 11 anos da criação de Satoshi Nakamoto, sua rede ficou indisponível duas vezes.

Bilionários repentinos

O primeiro incidente que desativou a rede Bitcoin por 8 horas e 27 minutos ocorreu no dia 15 de agosto de 2010 e deixou três endereços com muitos Bitcoins. O bloco 74.638 da rede continua uma transação que acabou criando 184.467.440.737,09551616 Bitcoins para três endereços diferentes, dois deles recebendo 92,2 bilhões de Bitcoin cada. Isso ocorreu por conta de um código utilizado para checar transações antes de incluí-las em um bloco não contou as entradas de grandes valores – causando uma reprodução em massa dos mesmos.

Uma nova versão do cliente foi disponibilizada dentro de cinco horas após a descoberta do bug, contendo um soft fork às regras de consenso que rejeitou as transações massivas, bem como todas as transações que pagam mais de 21 milhões de Bitcoins. Embora muitos nós sem o novo cliente tenham continuado a gerar a blockchain “ruim”, os nós atualizados geraram a versão boa da rede e resolveram o problema no bloco 74.691.

A transação “ruim” não existe mais e, consequentemente, nem os Bitcoins criados por ela. Embora a transferência não exista mais, o 0,5 BTC consumido por ela existe, aparentando ter vindo de um “vazamento”.

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Fork inesperado

A segunda vez em que a rede Bitcoin ficou fora do ar, dessa vez por 6 horas e 20 minutos, ocorreu em março de 2013. Um bloco ficou com um número total de transações maior do que qualquer outro número visto anteriormente, sendo ele minerado e transmitido. Os nós da versão 0.8 do Bitcoin conseguiram entender a informação, contudo, nós desatualizados rejeitaram o bloco. Isso causou um fork inesperado na blockchain.

Os nós desatualizados possuíam cerca de 60% da capacidade de hash, o que impedia a divisão de se corrigir automaticamente. Para restaurar a rede, as equipes BTCGuild e Slush retrocederam os nós 0.8 para a versão 0.7, desta forma, eles também rejeitariam o bloco maior. Tal ação fez com que a maior parte da capacidade de hash se organizasse sem a existência do bloco “inchado”.

Durante a resolução, pelo menos um grande gasto duplo ocorreu. Entretanto, felizmente, ele foi feito por uma pessoa testando se era possível, sem intenção de causar danos à rede.

Até então, durante os 11 anos do Bitcoin, essas foram as vezes em que sua rede ficou fora do ar. Por conta dos mesmos, o tempo de atividade da rede não conseguiu atingir os 100%, ficando apenas em 99,9847094531%.

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Gino Matos

Tenho 28 anos, sou formado em Direito e acabei fascinado pelas criptomoedas, ramo no qual trabalho há três anos.

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