Conheça a história do minerador de Bitcoin que ganhou R$ 55 milhões

São muitas as histórias de pessoas que enriqueceram ao comprar Bitcoin (BTC) logo no começo. Mais raras são as histórias de mineradores que ficaram ricos ao encontrar blocos na blockchain. No entanto, tais histórias existem e são igualmente impressionantes.

O início de 2022 foi marcado pelo grande sucesso da mineração solo. Três mineradores de BTC e um de Ether (ETH) encontraram blocos sozinhos e se tornaram os novos milionários. Mas, e se alguém minerou BTC no longínquo ano de 2010? Quanto valeria essa soma agora?

Bem, isso de fato aconteceu. Um minerador ativo durante a era de Satoshi Nakamoto, usando apenas um processador Pentium, minerou 250 BTC em um único dia. Resultado? Uma fortuna que hoje é avaliada em R$ 55 milhões. Conheça esta história agora.

Uma conversa com satoshi

O caso ocorreu 12 anos atrás, antes de Satoshi desaparecer em definitivo. Na época, o fórum Bitcointalk era a única fonte de informação para a comunidade. Foi lá onde Satoshi e o minerador começaram a trocar seus primeiros diálogos.

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Tudo começou em 16 de fevereiro de 2010, durante um tópico de conversas no fórum. Neste tópico em particular, Satoshi falou sobre o primeiro ajuste de dificuldade da mineração do BTC, que ocorreu em 30 de dezembro de 2009.

Na época, a dificuldade de mineração subiu 18%. Contudo, a rede ainda era muito incipiente, de modo que a dificuldade mínima era de 32 bits zero. Satoshi listou os ajustes de dificuldades ocorridos até aquela data, com destaque para o aumento de 39% em 14 de fevereiro.

“Outro grande salto na dificuldade de 1,82 vezes para 2,53 vezes, 39% de aumento em relação a 10 dias atrás. O ajuste ocorreu em 10 dias e não 14 porque mais nós se juntaram e geraram os 2016 blocos em menos tempo”, explicou Satoshi

Na época, minerar BTC era algo tão simples que era possível executar o processo com um simples computador. E foi isso que fez o usuário Theymos, um dos administradores do Bitcointalk. Respondendo a Satoshi, ele disse que utilizou um processador Pentium e conseguiu minerar cinco blocos no mesmo dia.

Gerei cinco blocos hoje (16 de fevereiro de 2010) no meu processador Pentium. Dois deles foram minerados com apenas três minutos entre um e outro. Eu notei alguma desaceleração desde o ajuste, mas ainda gero muitas moedas”, disse.

Naquela época, o BTC ainda não tinha passado por nenhum corte na emissão (halving). Isso significa que Theymos recebeu a recompensa máxima, que era de 50 BTC por bloco. Portanto, ele obteve nada menos que 250 BTC em um único dia.

A volta dos mineradores solo

Em 2010, naturalmente ainda não existia um preço de mercado para o BTC. Mas à medida que a criptomoeda se valorizou, os 250 BTC se transformaram em uma grande fortuna. Com base nos valores atuais, o total minerado corresponde a R$ 55 milhões.

Com o passar do tempo e a ocorrência dos halvings, bem como a valorização do BTC, a oportunidade de fazer grandes fortunas diminuiu. No entanto, mineradores solo ainda conseguem, graças a uma combinação de persistência e sorte, encontrar blocos sozinhos e resgatar uma pequena fortuna.

Em outras palavras, paciência é o nome do jogo. A mineração solo de fato não é uma atividade rentável na maioria dos países, mas ela possui uma grande importância no quesito proteção. Afinal, quanto mais mineradores presentes no BTC, mais forte e segura a rede se torna para proteger eventuais ataques.

A mineração solo também ajuda a proteger esta rede, assim como fizeram os primeiros mineradores em 2010. E quem conseguir aproveitar esses benefícios, talvez conte com a sorte e encontre uma grande recompensa no longo prazo.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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