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Confira as razões por trás da cisão entre a revendedora de carteira KriptoBR e a Ledger

A KriptoBR, empresa revendedora e loja online de carteiras hardware para criptoativos no Brasil, por muito tempo, foi a única empresa autorizada a praticar tal atividade para a empresa internacional de carteiras de hardware Ledger na América Latina. Entretanto, recentemente, a mensagem “Única Revenda Oficial da Trezor no Brasil” deu indícios de que a loja online não figurava mais como revendedora autorizada da Ledger no país.

Jefferson Rondolfo, CEO da KriptoBR, revelou em primeira mão ao CriptoFácil os motivos que levaram ao rompimento com a fabricante francesa de carteiras em hardware. Segundo ele, os problemas começaram no fim de 2017, quando 90 dias foram necessários para realizar a compra de unidades de carteiras Ledger. Ele acrescenta que os valores informados no início deste período e ao final dele sofreram uma alteração de 100%, ou seja, o custo foi duplicado.

Por problemas de comunicação, Rondolfo foi retirado da lista de revendedores autorizados da empresa francesa em fevereiro de 2018 – o que, segundo ele, prejudicou sua reputação junto aos consumidores brasileiros.

Ele também afirma que a Ledger estava “competindo” em território brasileiro, uma vez que em abril de 2018, a empresa passou a oferecer frete grátis para o Brasil. Em julho do mesmo ano, o frete voltou a ser cobrado, mas a empresa continuava vendendo no mesmo território que sua revendedora autorizada.

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Todos estes problemas dificultaram a venda do lote de carteiras comprado por Rondolfo. Contudo, as ações da empresa francesa acabaram prejudicando alguns consumidores brasileiros.

A primeira delas foi a distribuição de carteiras para YouTubers da criptoesfera brasileira. Incentivando os consumidores brasileiros a comprarem diretamente da empresa – e não da revenda autorizada no país – muitos acabaram sendo taxados. Em virtude da alta carga tributária aplicada, o valor dos dispositivos passou a ser além do dobro informado no momento da compra no site oficial da Ledger.

Abaixo, um trecho da declaração de Rondolfo sobre o ocorrido:

“Nós da KriptoBR nos sentimos muito tristes com essa situação, durante mais de dois anos estivemos em mais de 80 eventos em todo o Brasil, temos uma presença marcante em todas as mídias sociais.”

E continuou:

“Muitos nos perguntam porque aguentamos tanto tempo essas investidas desonestas da Ledger. A resposta é simples, compramos um lote enorme e não havíamos vendido nada, não tínhamos opção a não ser engolir o choro e batalhar contra a empresa fabricante dos produtos. O caminho foi árduo, mas conseguimos vender todo o estoque.

Diante de tantos problemas no hardware e no comercial, não tínhamos outra opção a não ser fazer o inverso, mostrar ao Brasil e ao mundo todo o desrespeito da marca Ledger em cima do que foi o Único Revendedor Oficial na América do Sul.”

E finalizou

“Para finalizar, não temos sequer planos de interromper o suporte para quem adquiriu os produtos da Ledger com a KriptoBR, mesmo deixando bem claro a eles que iríamos interromper. Não queremos jamais penalizar os nossos clientes, que em muitos casos compraram os produtos também confiando em nós.”

O CriptoFácil contatou a Ledger, porém, até o fechamento deste artigo, a empresa não se posicionou sobre o ocorrido.

Leia também: Fundação Tezos distribuirá carteiras Ledger para quem participou de sua ICO

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Gino Matos

Tenho 28 anos, sou formado em Direito e acabei fascinado pelas criptomoedas, ramo no qual trabalho há três anos.

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