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Confira 10 tendências que definiram o universo dos tokens em 2018 e 3 previsões para 2019

O mercado de criptoativos certamente teve em 2018 um ano para ser esquecido. Mesmo assim, um novo conjunto de ativos surgiu nesse período: os tokens não fungíveis (NFT).

Os NFTs são bens digitais que são únicos e abertamente programáveis ​​por natureza. Esses tokens se tornaram bastante conhecido ainda em 2017, com a febre do jogo CryptoKitties, desenvolvido na Ethereum. Os gatos colecionáveis chegaram até a derrubar a rede temporariamente.

Desde então, vários jogos adotaram a ideia de criar figurinhas únicas através dos NFTs, tornando essa modalidade de tokens extremamente atrativa. Até mesmo obras de arte e celebridades foram “tokenizadas” e trocadas através de blockchain. Esta, portanto, parece ser uma tendência que veio para ficar.

Em virtude disso, o site CoinDesk lançou uma lista das principais manchetes que tiveram como destaque os NFTs este ano, seguidas por uma lista de previsões para 2019.

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  1. Novos padrões: Os NFTs vieram com todo um conjunto de maneiras de construir criptoativos de jogo e colecionáveis. Os padrões devem ser aplicados e adotados para garantir que os tokens possam se comunicar entre si. Eles surgiram no Ethereum com o padrão ERC-721, mas evoluíram rapidamente no último ano. Padrões como o ERC-1155 e o ERC-998, da Enjin, permitiram que tokens possuíssem outros tokens e economizassem nos custos do gás;
  2. Mercados de NFTs: Novos NFTs começaram a aparecer após o lançamento do CryptoKitties. O OpenSea e o RareBits entraram em cena no primeiro trimestre do ano, permitindo que os usuários vendessem seus ativos de jogos diretamente fora do ambiente do jogo. Novas ferramentas começaram a surgir, como o FanBits, para que os usuários pudessem criar seus próprios ativos digitais. Essas plataformas geradas pelos usuários não conseguiram atrair compradores por causa da incerteza do valor, semelhante a muitas Ofertas Iniciais de Moedas (ICOs);
  3. Mercado de Arte Digital: Esse mercado foi mais popular entre as plataformas de artistas. Novas plataformas como Rare Art Labs, SuperRare e dada.NYC surgiram para atribuir verdadeira escassez digital e autenticidade ao mercado de arte. Com contratos programáveis, os artistas podem ganhar comissões sobre as vendas no mercado secundário e até dividi-las entre várias partes, ao contrário da arte física tradicional;
  4. Vendas recordes: Apesar da volatilidade do mercado, alguns NFTs foram vendidos por preços extraordinariamente altos. Isso inclui o cartão Gods Unchained, que foi vendido por US$ 60.000, o CryptoKitty, vendendo gatos por até US$ 170.000 e o mundo virtual de Decentraland, vendendo terrenos por até US$ 200.000.
  5. Experiências de segunda camada: Um dos pontos altos da venda de NFTs é o componente de programabilidade sem permissão – ser capaz de construir em cima de outras plataformas. A CryptoKitties criou e promoveu o KittyVerse para que desenvolvedores terceirizados possam criar essas experiências. Isso trouxe criações KittyRace, KittyHats e muito mais, mas eles não conseguiram ganhar nenhuma força significativa;
  6. Propriedade Intelectual: Em março, a CryptoKitties anunciou o lançamento de “gatinhos de celebridades” com a Curry Kitty (representando o jogador de basquete da NBA Stephen Curry) como a primeira da linha. Depois de alguma confusão e falta de comunicação, a Axiom Zen, criadora da CryptoKitties, foi ameaçada com um processo por violação de propriedade intelectual. A Axiom Zen esperava limpar o componente de programação aberta de terceiros e preservar a captura de valor dos NFTs com o lançamento da licença NIFTY. Isso causou algum alvoroço na comunidade e levou a equipe a explorar outros métodos de captura de valor;
  7. O que vem a seguir para os CryptoKitties? Recentemente, a equipe por trás do CryptoKitties arrecadou mais US$ 15 milhões. O Dapper Labs (a nova entidade por trás do jogo) agora estará construindo novas ferramentas e experiências de jogo em blockchain com seu novo financiamento. Alguns dos investidores da lista incluem a Samsung Next, aXiomatic Gaming e a William Morris Endeavor, uma agência de talentos. Embora a equipe não tenha divulgado os detalhes exatos do plano, dada a lista de investidores, pode-se esperar parcerias com grandes marcas. A Niantic Labs, o estúdio por trás da Pokémon Go, também anunciou um investimento de US$ 200 milhões, e mais investidores de peso podem aparecer.
  8. Ferramentas melhores de experiências do usuário: O problema mais urgente dos dApps e dos NFTs era a necessidade de usar o MetaMask e ter o Ethereum disponível para concluir as transações. Outros, como a Bitski, realizaram a criação de um cofre para os ativos digitais dos usuários que não demanda acesso à sua chave privada. Empresas como a Coinbase Wallet, Vault, Opera e Trust Wallet (esta, de propriedade da Binance) também lançaram navegadores dApp para jogar jogos blockchain via smartphone;
  9. Desenvolvedores migram para a escalabilidade: Como os usuários sofreram com a falta de escalabilidade da Ethereum, a EOS e a WAX conseguiram pegar sua fatia desse mercado. A Mythical Games anunciou um investimento de US$ 16 milhões para construir seu primeiro jogo de blockchain na EOS, Blankos. Enquanto isso, alguns estúdios de blockchain estão apostando no Plasma, como o Loom Network e o Blockade Games. A Blockade Games anunciou US$ 13 milhões em financiamento para desenvolver seu principal título, o Neon District, além da implementação de plasma do Loom;
  10. Jogo para ficar de olho: Gods Unchained: Criado pela Coinbase, Gods Unchained foi lançado este ano do estúdio de jogos Fuel Games. O estúdio fez seu primeiro teste com um jogo chamado EtherBots no início do ano, mas rapidamente percebeu as limitações da jogabilidade on-chain sem escalabilidade. Gods Unchained é um jogo de cartas usando NFTs, mas com jogabilidade off-chain. Os usuários ainda podem possuir seus produtos digitais enquanto não precisam se preocupar com cartões “nerfing” ou “buffing” no jogo. Toda vez que um jogador compra um pacote, alguns fundos são enviados para o total de prêmios do torneio – premiação cujo valor já ultrapassa US$ 300 mil.

Previsões para 2019

  1. Stablecoins vai esconder o blockchain: O próximo ano está se moldando para ser uma batalha entre organizações centralizadas e descentralizadas. Será mais do que provável que stablecoins como o USDC, da CENTER Foundation, e o Dai, da MakerDAO, se tornem fundamentais para o ecossistema de jogos da Ethereum. Quando os usuários começam a ganhar em plataformas, os usuários sacam seus fundos em stablecoins. Todos os bens digitais serão cotados em dólares americanos em vez de ETH ou outras moedas para facilitar a conversão;
  2. Interseção entre jogo e trabalho: Os serviços de mineração e PoS do consumidor irão confundir as linhas entre jogo e trabalho. Os usuários saberão quanto poderão ganhar dentro de um prazo específico. À medida que a liquidez começa a se acumular nos jogos em blockchain, os usuários saberão exatamente quanto podem ganhar por jogar um jogo por um determinado período de tempo;
  3. Celebridades e produtos digitais: O espaço de tecnologia viu um grande influxo de aplicativos e lançamentos de criptomoedas este ano. O Snapchat apostou no Bitmoji, a Genies arrecadou US$ 10 milhões, e o Zepeto chegou ao topo da loja de aplicativos. Celebridades e esportistas irão emitir seus próprios produtos digitais para os fãs, que concederão acesso VIP e descontos em recursos.

Pode demorar um pouco até que os NFTs consigam prosperar e se tornar mais viáveis, mas não deve demorar muito a partir de agora.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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