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Compra do Twitter por Elon Musk enfrenta revisão antitruste dos EUA

A Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC, na sigla em inglês) está revisando a aquisição de US$ 44 bilhões de Elon Musk pelo Twitter Inc.

Uma fonte anônima familiarizada com o acordo disse à Bloomberg que a agência independente do governo deve emitir uma decisão sobre sua análise até o próximo mês. Então, a FTC decidirá se realizará uma análise aprofundada da transação ou não.

Compra do Twitter por Musk na mira da FTC

De acordo com a lei de fusões dos EUA, o bilionário Elon Musk é obrigado a notificar a FTC e o Departamento de Justiça da transação sobre o negócio.

Em seguida, precisa esperar pelo menos 30 dias antes para permitir uma investigação sobre possíveis preocupações antitruste. Ou seja, a agência verifica se há indicativos de que o negócio pode prejudicar a livre concorrência.

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Nesse período, a FTC pode solicitar informações adicionais sobre a aquisição. Assim, emite o que é conhecido como uma segunda solicitação, o que atrasaria ainda mais o fechamento do negócio.

Especialistas em antitruste disseram à Bloomberg, no entanto, que há pouca probabilidade de a agência encontrar qualquer evidência de que a compra do Twitter por Musk seja ilegal sob a lei antitruste.

Vale destacar que a FTC já está investigando, desde o início de abril, a compra inicial de Musk de uma participação de cerca de 9% no Twitter. Mais precisamente está apurando se o empresário cumpriu uma exigência do relatório antitruste quando adquiriu as ações. 

Críticos dizem que compra deve ser impedida

Apesar de os especialistas acharem que o negócio não infringe a lei antitruste, há quem discorde.

O grupo ativista antimonopólio Open Markets Institute, por exemplo, disse que o acordo de compra deveria ser interrompido. Afinal, a compra do Twitter daria à Musk, um homem já poderoso, “controle direto sobre uma das plataformas mais importantes do mundo para comunicações públicas e debate”. 

Ainda segundo o grupo, o negócio “representa ameaças imediatas e diretas à democracia americana e à liberdade de expressão”.

Além disso, eles argumentaram que a propriedade de Musk do serviço de internet por satélite Starlink já lhe dá o controle sobre uma plataforma de comunicação importante e que sua compra do Twitter seria uma perigosa concentração de poder.

De qualquer forma, se a FTC determinar que Musk violou a lei, ele pode enfrentar uma multa de até US$ 46.517 por dia por não cumprir as diretrizes federais, segundo o Daily Mail.

Binance ajuda a financiar oferta de Musk pelo Twitter

A notícia sobre a investigação chega praticamente ao mesmo tempo da informação de que Musk conseguiu mais de US$ 7 bilhões de 18 investidores comprometidos em apoiar a compra do Twitter.

Conforme noticiado pelo CriptoFácil, vão apoiar “a causa” a exchange de criptomoedas, Binance; as empresas de capital de risco Sequoia Capital e Andreessen Horowitz; a empresa de gerenciamento de ativos, Fidelity e várias outras.

A Binance, por exemplo, se comprometeu com US$ 500.000.000.  Enquanto isso, a Fidelity vai contribuir com cerca de US$ 300 milhões e a Sequoia com US$ 800 milhões. Já a Andreessen Horowitz vai financiar US$ 400 milhões.

Mas a maior contribuição para o negócio vem do Lawrence J. Ellison Revocable Trust, de Larry Ellison. O também investidor da Tesla vai destinar US$ 1 bilhão para “apoiar a causa”. 

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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