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Comparsa de Pablo Escobar ajudou ‘Faraó dos Bitcoins’ a levar esquema de criptomoedas para os EUA

Novas investigações da Polícia Federal apontam que Glaidson Acácio dos Santos, o “Faraó dos Bitcoins”, contou com um parceiro “de peso” para expandir seus negócios ilícitos para os Estados Unidos.

De acordo com a PF, um comparsa do narcotraficante colombiano Pablo Escobar ajudou Glaidson a levar o esquema fraudulento para fora do Brasil.

Glaidson está preso desde agosto de 2021 por liderar um esquema bilionário envolvendo Bitcoin. Ele enfrenta acusações de crimes contra o sistema financeiro nacional, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Comparsa de Pablo Escobar no esquema de Glaidson

As investigações indicam que o aliado de Glaidson era um dos pilotos que transportava drogas do cartel de Escobar. Ele já foi condenado por tráfico internacional de drogas no Brasil.

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No entanto, ele teria conseguido sair do Brasil usando um passaporte falso. Em seguida, já nos EUA, ele estruturou o esquema de fraude com ativos digitais abrindo um escritório no país.

Além disso, o comparsa de Escobar usou documentos falsos para justificar “a profusão de depósitos nas contas da empresa” e emitiu notas fiscais internacionais sem lastro.

Depois disso, ele enviava o dinheiro para Glaidson na forma de stablecoins, moedas digitais lastreadas no dólar dos EUA.

Ainda, a pedido do Fará dos Bitcoins, o piloto “foi o responsável por viabilizar a documentação necessária à estada dos líderes da organização criminosa no país americano”. Além disso, teria ajudado a “satisfazer uma série de desejos pessoais” de Glaidson.

Entre outras coisas, Glaidson ordenou que o piloto comprasse uma aeronave com capacidade para cerca de 20 pessoas. A ideia era usar o transporte aéreo nos EUA. E, de fato, o piloto chegou a comprar o avião no nome de sua filha.

Operação Flyer One

Conforme noticiou o G1, as novas informações surgem no âmbito da Operação Flyer One – em referência ao primeiro avião dos irmãos Wright, pioneiros da aviação.

A ação foi deflagrada pela PF e pelo Ministério Público Federal nesta quinta-feira (11). Esta é a quarta fase da Operação Krypytos, que começou em agosto do ano passado e que culminou com a prisão de Glaidson.

A força-tarefa que investiga crimes financeiros cumpre nesta manhã cinco mandados de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão. As cidades alvo da ação são Rio de Janeiro e de Cabo Frio, sendo esta última a sede da GAS Consultoria Bitcoin, empresa por meio da qual Glaidson aplicou golpes prometendo altos rendimentos mensais com criptomoedas.

As autoridades brasileiras também demandaram a inclusão dos alvos da ação que estão nos EUA na Difusão Vermelha da Interpol. Entre os alvos, está o comparsa de Escobar e de Glaidson. Os agentes já apreenderam 10 carros de luxo avaliados em cerca de R$ 6 milhões.

De acordo com a PF, os investigados poderão responder pela prática dos crimes de emissão ilegal de valores mobiliários sem registro prévio. Além disso, poderão responder por organização criminosa e lavagem de capitais. Se condenados, a pena pode chegar a 22 anos de prisão.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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