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Como a Lituânia tornou-se um centro de inovação em criptomoedas

Na costa sudeste do Mar Báltico encontra-se a Lituânia, um país com cerca de 2,8 milhões de habitantes. A maioria das pessoas se esforçaria para encontrar o país em um mapa. Apesar disso, a Lituânia superou as expectativas, tornando-se o quinto maior país da Europa em crowdfunding. A pequena nação possui uma cena crescente de criptomoedas, auxiliada pela internet rápida e um clima regulatório favorável.

O país não é o único nessa parte do mundo que abraçou a revolução das criptomoedas. Os seus vizinhos Letônia e Estônia também são referências no universo das moedas digitais, enquanto a adjacente Bielorrússia recentemente legalizou as criptomoedas e declarou imposto zero para empresas do setor cripto até 2023. O caso de amor da Lituânia com as criptomoedas é parcialmente uma coisa regional, apesar de sua propensão para digitalização e descentralização parecer mais forte por lá do que nos seus vizinhos.

Educação, independência e internet rápida

A Bescouted é uma comunidade de fotografia que se prepara para lançar seu próprio token através de um crowdsale para recompensar os usuários pelo compartilhamento de conteúdo. Seu fundador Deividas Leilionas acredita que os lituanos estavam preparados para adotar a criptomoeda muito antes de o Bitcoin ser algo, explicando:

“Historicamente, a Lituânia sempre manteve altos padrões de educação. Depois de recuperar sua independência, os lituanos foram contratados para construir soluções de software para empresas ocidentais e, portanto, desenvolveram um grande número de engenheiros qualificados. O governo também é muito orientado para a tecnologia e auxilia no desenvolvimento de uma excelente infraestrutura de TI. Por um tempo, a Lituânia esteve gerenciando a internet mais rápida per capita do mundo.”

Vladas Jurkevičius, CEO da startup de identidade digital da Lituânia denominada Safein, reflete esse sentimento, acrescentando: “A Lituânia não tem um histórico de startups de tecnologia mundialmente famosas, e não tivemos acesso aos grandes fundos de capital de risco. ICOs e comunidades de criptomoedas removem limites para que, não importa onde você esteja, apenas a equipe, a tecnologia e a ideia sejam importantes. Além disso, a comunidade blockchain é muito forte na Lituânia, as pessoas compartilham suas ideias e experiências livremente. O país também é famoso por seu marco regulatório para as empresas de fintech, e quando a tecnologia blockchain estava em ascensão, muitos projetos receberam apoio do governo.”

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As Criptomoedas são um ótimo nivelador

Uma das maiores coisas sobre as criptomoedas é que elas proporcionam aos países a chance de competir de maneira equilibrada. Não importa qual é o seu PIB ou quantas bombas nucleares estão no seu bunker: na internet, todos são iguais. Isso deu aos países que tradicionalmente ficaram defasados industrialmente e economicamente uma chance de fazer as pazes. De minúsculas ilhas a estados-nações humildes, uma série de postos avançados globais revelou que eles estão abertos para negócios envolvendo criptomoedas. Em termos de adoção de criptomoedas, por exemplo, o Reino Unido tem se familiarizado muito bem com o Bitcoin (existe uma especulação de que Satoshi pode ser britânico por conta de sua ortografia e coloquialismos). Mas o governo do Reino Unido tem sido lento para capitalizar a criptomoeda, permitindo que países europeus como Sérvia, Eslovênia, Suíça, Malta e Lituânia roubem a vanguarda da adoção da tecnologia.

João Martins é chefe de desenvolvimento de negócios da Birdchain, uma plataforma de publicidade e recompensas da Lituânia. Ele mudou-se para o país há dois anos saído sua terra natal, Portugal, e tem se apaixonado por isso desde então. Martins fala de sentir “a vibração de toda uma geração abraçando essa energia adolescente [de criptomoeda] com uma fome voraz e um impulso para provar seu valor para o mundo”.

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Amanda Bastiani

Amanda destacou-se como uma editora e produtora de conteúdo influente na CriptoFácil.com, onde liderou uma equipe de seis escritores e impulsionou o crescimento da audiência do site para picos de 1 milhão de visualizações mensais. Sua gestão eficaz incluiu a produção, tradução, e revisão de conteúdo especializado em blockchain e criptoativos, além do uso estratégico do Google Analytics e pesquisas com leitores para aprimorar a qualidade e relevância do conteúdo. Sua educação complementa sua expertise, com um MBA focado em Transformação Digital pela FIA Business School, um curso de Gestão de Projetos pela UC San Diego, e graduação em Comunicação Social pela Faculdade Cásper Líbero, preparando-a com conhecimento avançado e uma abordagem ágil necessária para liderar no setor de criptomoedas. Amanda é uma profissional versátil, cujas realizações refletem uma combinação única de habilidade técnica, visão estratégica, e impacto significativo no engajamento e educação da comunidade cripto.

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