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Comerciante é morto após não pagar resgate em Bitcoin

O comerciante Gustavo Torres González, de 39 anos, foi assassinado após seus sequestradores não receberem o resgate exigido em Bitcoins.

O crime aconteceu na última quarta-feira (11), no estado de Zulia, localizado a cerca de 650 quilômetros de Caracas, na Venezuela.

Segundo a imprensa local, os sequestradores contataram os familiares do comerciante e pediram criptomoedas para libertá-lo.

Contudo, a família não conseguiu reunir todo o valor pedido. Então, eles ofereceram aos sequestradores o valor que tinham, mas perderam contato com os criminosos, que acabaram matando González.

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Sequestradores exigiram 1.5 Bitcoin

González foi sequestrado no dia 10 de agosto, quando chegava a sua casa em Taparito, da localidade de Tía Juana, em seu carro. O corpo dele, com seis perfurações de arma de fogo, foi localizado na madrugada de quinta-feira (11) no mesmo município.

Fontes não oficiais informaram que os criminosos exigiram o pagamento de 1,5 Bitcoin para liberar o refém. Ou seja, cerca de R$ 365.700, na cotação atual em reais.

Em seguida, eles teriam reduzido a quantia exigida para 0,5 BTC (R$ 121.900). Mesmo assim, os parentes do comerciante não conseguiram reunir o valor.

Eles só arrecadaram 0,062 BTC, equivalente a R$ 15.115, o que aparentemente, não foi o suficiente para os criminosos.

As autoridades acreditam que os responsáveis ​​pelo sequestro e morte do comerciante podem ter sido pessoas próximas à vítima, pela forma como agiram.

Não está claro se a vítima tinha alguma relação direta com criptomoeda, seja por meio de mineração, comercialização ou se ele aceitava como meio de pagamento em seu comércio.

Extorsão e resgate em Bitcoin

A Venezuela é o país da América Latina com a maior adoção do Bitcoin e das criptomoedas, segundo a Chainalysis. 

Essa popularidade acaba atraindo o interesse dos criminosos que veem nas moedas digitais uma possibilidade de tentar ocultar seus rastros criminosos.

Mas outros países sul-americanos como México, Colômbia e até mesmo o Brasil já registraram casos do tipo.

Em 2019, conforme noticiado pelo CriptoFácil, policiais de São Paulo foram acusados de extorsão mediante sequestro envolvendo Bitcoin. O valor exigido era de cerca de R$ 1 milhão.

Já no ano passado, um comerciante que havia sido sequestrado na Argentina pagou 4 Bitcoins para ser libertado. Inicialmente, os sequestradores solicitaram 56,5 BTC. Entretanto, após negociações foi reduzido para 4 BTC.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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