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Coinbase recebeu quase 2.000 solicitações de dados do governo

Nesta sexta-feira (16), a exchange de criptomoedas Coinbase divulgou seu primeiro relatório de transparência.

No documento, a exchange revela que recebeu de agências globais de aplicação da lei quase 2.000 solicitações de informações dos seus mais de 38 milhões de clientes. 

A maioria dos pedidos vem dos Estados Unidos e tem a ver com investigações criminais.

FBI é a agência mais ativa

O relatório de transparência é referente ao período compreendido entre os dias 1º de janeiro e 30 de junho deste ano.

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Assim, no documento, a Coinbase mostra que as autoridades solicitaram informações 1.914 vezes à exchange.

Além disso, em 96,6% dos casos os pedidos eram relacionados a investigações criminais. Já os outros 3,4% restantes dizem respeito a processos civis ou administrativos.

“Essas solicitações vêm em grande parte na forma de intimações. Mas também podem incluir mandados de busca, ordens judiciais e outros processos formais”, disse Paul Grewal, diretor jurídico da Coinbase.

Do total de solicitações recebidas, cerca de 90% vieram dos Estados Unidos (1113), Reino Unido (441) e Alemanha (176). Do Brasil, foram apenas duas solicitações nos seis primeiros meses do ano.

O Departamento Federal de Investigação (FBI, na sigla em inglês) foi a agência de mais ativa dos EUA. À exchange, o FBI enviou 340 solicitações no primeiro semestre. 

Por outro lado, a Coinbase mostrou que 16% das solicitações dos EUA vêm de autoridades estaduais ou locais. Já órgãos de Administração de Repressão às Drogas fizeram 9,3% das solicitações e a Receita Federal 8,8%.

“Acreditamos que a transparência é uma parte crítica da responsabilidade e da manutenção da confiança do cliente. É por isso que planejamos continuar divulgando esses relatórios regularmente”, disse a Coinbase.

Solicitação da FFE

O relatório foi publicado um mês depois que a Fundação Fronteira Eletrônica (FFE), uma organização sem fins lucrativos dos EUA, recomendou que a Coinbase divulgasse essas informações.

Na ocasião, a FFE disse estar:

“Cada vez mais preocupada que os processadores de pagamento sejam solicitados a fornecer informações sobre seus clientes, sem qualquer mecanismo para que o público saiba quem está fazendo essas solicitações, ou com que frequência.”

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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