Coinbase lança serviço em nuvem para tornar-se a Amazon das blockchains

A exchange Coinbase anunciou a chegada do Coinbase Cloud, novo serviço da empresa. O novo produto permitirá que os clientes da empresa possam construir ferramentas voltadas para o mercado de criptomoedas.

O Coinbase Cloud foi anunciado por Aaron Henshaw, engenheiro-chefe da divisão. De acordo com Henshaw, a plataforma oferecerá meios ágeis para que desenvolvedores consigam criar suas próprias ferramentas.

Contudo, o executivo foi além e revelou planos ambiciosos para o Coinbase Cloud. Com isso, a exchange pretende mirar nada menos do que a gigante de varejo Amazon.

“Queremos ser o AWS das criptomoedas. Estamos construindo todo esse conjunto de nuvem de coinbase inteira de produtos que você pode pensar em serviços de computação Crypto, para ajudar os desenvolvedores a construir seus aplicativos mais rapidamente”, disse Surojit Chatterjee, chefe de produtos da Coinbase.

🚀 Buscando a próxima moeda 100x?
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora

Staking na nuvem

A primeira aplicação do Coinbase Cloud será voltada para o staking de criptomoedas, ou seja, deixá-las trancadas em troca do recebimento de rendimentos. O serviço já nasce grande, com US$ 30 bilhões apostados em 60 mil nós, pertencentes a 30 blockchains diferentes.

O serviço possui algumas vantagens em relação ao staking da plataforma tradicional. Por exemplo, a taxa cobrada no Coinbase Cloud é de 8%, contra 25% na exchange. Além disso, apesar do alto valor despertar temores, a exchange não realiza a custódia das criptomoedas

Amazon das criptomoedas

Para o público geral, a Amazon é conhecida pela sua força no varejo, sobretudo pela venda de livros, e pelo Amazon Prime. No entanto, muitos desses serviços geram um lucro irrisório ou até mesmo prejuízo.

A verdadeira galinha dos ovos de ouro da empresa é o Amazon Web Service (AWS), seu serviço de nuvem. Lançado 15 anos atrás, em 2006, AWS é um provedor de serviços online para websites ou aplicações, cliente-servidor, baseado nas nuvens.

A maioria destes serviços não é acessível pela internet, mas oferecem funcionalidades que outros desenvolvedores podem usar em suas aplicações. Dessa forma, percebe-se que o Coinbase Cloud busca replicar exatamente a mesma proposta, mas voltada para aplicações em criptomoedas.

O serviço entregou uma receita total de US$ 45,3 bilhões em 2020. Esse valor corresponde a 63% de toda a receita da Amazon no ano passado. O AWS também se mostrou lucrativo, com lucros operacionais de US$ 13,5 bilhões em 2020.

Diversificação

Portanto, o negócio de nuvem é de fato uma aplicação bastante rentável. Além de servir como uma futura mina de receitas, o serviço faz parte da estratégia de diversificação da Coinbase.

Hoje a empresa possui serviços de custódia de criptomoedas, staking e custódia, entre outros. Mas cerca de 90% do lucro ainda é proveniente das taxas de transação pagas pelos usuários. Antes do IPO da empresa na bolsa, a concentração era ainda maior (97%).

Para outras gigantes, como Google e Facebook, esta concentração significa uma alta lucratividade, como no caso de anúncios. Mas o excesso na Coinbase faz a exchange ficar refém das oscilações do mercado. Por exemplo, quando o mercado de criptomoedas registrou menor volatilidade, o volume de negociação e a receita de Coinbase caíram 29% e 39%, respectivamente, no terceiro trimestre.

Consequentemente, a empresa teve forte impacto negativo em seus resultados financeiros. Ainda que o terceiro trimestre tenha sido lucrativo em US$ 406 milhões, houve uma queda de quase 75% em relação ao lucro de US$ 1,6 bilhão registrado no segundo trimestre.

Em suma, o Coinbase Cloud, diferentemente das taxas, possui menor sazonalidade e mais regularidade na geração de receitas. Com isso, o serviço pode gerar lucros maiores e também mais estáveis para a empresa.

Leia também: Bside Games anuncia versão Beta de seu metaverso para dezembro

Leia também: Confira as cinco criptomoedas que mais se valorizaram em novembro

Leia também: No primeiro aniversário, a Ethereum 2.0 Beacon Chain solidifica a mudança de prova de interesse

Compartilhar
Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

This website uses cookies.