Foto: Yayimages
Um mês após sua estreia na bolsa de valores, a Coinbase já se tornou uma das “queridinhas” dos brasileiros que investem nos EUA.
Segundo dados da Stake, a exchange conquistou a 4º posição no ranking dos principais investimentos deste grupo em abril.
Além da corretora, outras duas empresas que se mostram adeptas ao Bitcoin também ingressam na listagem.
Ao Valor Investe na sexta-feira (7), Paulo Kulikovsky, diretor de operações da Stake, revelou que há dois fatores por trás desta procura.
Autorizada a intermediar negociações de brasileiros no exterior, a Stake informou que a Coinbase está no “Top 5” de investimentos realizados pela plataforma.
A empresa ainda informou que investidores nacionais alocaram cerca de US$ 10 milhões em ações da exchange em abril. Com o valor investido, as ações da corretora ficam à frente da Microsoft e Amazon.
Negociada sob o ticker COIN, a Coinbase estreou na Nasdaq em meados de abril. À época, seu valor de mercado beirou os US$ 100 bilhões. Atualmente, é avaliada por US$ 48,3 bilhões, cerca de R$ 252,3 bilhões.
Além da Coinbase, os brasileiros alocaram capital em outra empresa que acenou para o mercado de criptomoedas, a Tesla.
A montadora de carros elétricos liderada por Elon Musk anunciou em fevereiro ter comprado US$ 1,5 bilhão em Bitcoin. Recentemente, a empresa vendeu uma parte da sua reserva.
No entanto, Musk continua “flertando” com o mercado de criptomoedas. Recentemente, a Dogecoin, moeda digital que detém sua simpatia, alcançou sua máxima de US$ 0,69.
As dez ações mais negociadas pelos brasileiros em abril foram:
Para Kulikovsky, há dois fatores por trás desse recente interesse dos brasileiros por empresas da criptoesfera ou que investem nela. O primeiro seria a volatilidade do mercado que “promove” ganhos rápidos.
“Essa volatilidade normalmente atrai os traders que procuram ganhar dinheiro em movimentos de curto prazo com a grande variação no preço das ações.”
Já a segunda razão está conectada às restrições de negociações de ativos digitais em bolsas de valores.
“As pessoas negociam a ação da companhia como um intermediário para acessar Bitcoin, já que eles não podem ser negociados nos mercados de ações tradicionais”, explicou o executivo.
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