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Coinbase destaca que vendas da FTX não vão impactar o mercado

Após uma semana tumultuada no mercado de criptomoedas, em que a pressão de venda fez os preços caírem drasticamente, a recuperação se apresenta, e os investidores começam a se sentir mais otimistas. De acordo com a Coinbase, essa estabilização é resultado da diminuição dos temores em relação às liquidações planejadas pela FTX, exchange que recentemente entrou em processo de falência.

A situação que abalou o mercado estava relacionada aos planos da FTX de vender cerca de US$ 7,3 bilhões em criptomoedas, conforme autorizado por um tribunal de falências dos EUA na semana passada.

Entre os ativos que a exchange falida detinha estavam aproximadamente US$ 1,16 bilhão em Solana (SOL), US$ 560 milhões em Bitcoin (BTC), US$ 192 milhões em Ethereum (ETH) e US$ 1,49 bilhão em diversos outros criptoativos.

A possibilidade dessas vendas em larga escala gerou preocupações de que a oferta excederia a demanda, levando a uma queda acentuada nos preços. No entanto, a Coinbase argumenta que os investidores começaram a perceber que diversos fatores mitigantes podem reduzir o risco de choques no mercado durante a venda desses tokens.

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Vendas da FTX não vão afetar o mercado

Em primeiro lugar, a Coinbase observa que as liquidações estão sujeitas a limites semanais iniciais de US$ 50 milhões, antes de aumentarem para US$ 100 milhões nas semanas subsequentes. Além disso, a aprovação de dois comitês representando os devedores da FTX é necessária para elevar o limite máximo de liquidações para US$ 200 milhões.

Em segundo lugar, a exchange destaca que existem rigorosos controles sobre a venda de determinados tokens vinculados a informações privilegiadas, exigindo um aviso prévio de dez dias aos comitês.

Outro fator relevante é que uma parte significativa das participações em SOL da FTX permanece bloqueada até aproximadamente 2025, assim como alguns outros tokens que a exchange planeja liquidar.

Por fim, a Coinbase menciona que a FTX pode cobrir suas vendas de BTC, ETH e outros ativos identificados pelos devedores por meio de um consultor de investimentos, desde que obtenha aprovação prévia do comitê.

Com uma compreensão mais clara desses fatores, o mercado de criptomoedas viu o Bitcoin atingir a marca de US$ 27 mil, seu ponto mais alto em quinze dias, superando o mínimo de três meses registrado na semana passada, quando atingiu US$ 25 mil.

Esse comportamento também impulsionou várias altcoins a registrar ganhos significativos, com moedas como eCASH (XEC) e Aave (AAVE) experimentando aumentos de mais de 20% durante a semana.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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