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Cofundador da IOTA abandona projeto e anuncia nova criptomoeda chamada IOTA

A IOTA não vive seus melhores momentos. Depois de um ataque hacker que manteve a rede da criptomoeda desligada por mais de 20 dias e roubou milhões em fundos de seus usuários, agora, a controvérsia em torno do projeto adicionou um novo episódio.

Nesta quarta-feira, 11 de março, Sergey Ivancheglo, cofundador da IOTA e ex-diretor da IOTA Foundation, anunciou a criação de um projeto paralelo e uma nova criptomoeda. O desenvolvedor questionou as decisões que foram tomadas na organização e disse que tinha “direitos morais” para continuar usando o nome IOTA em sua nova proposta.

Ivancheglo não é apenas um dos cofundadores, ele foi o desenvolvedor responsável por “dar vida” à IOTA, tendo programado todo o código. Conhecido no ecossistema cripto com o pseudônimo “Come from Beyond” (CFB), Ivancheglo explicou que, para evitar confusão, ele identificaria a versão da IOTA Foundation como IOBA e a sua própria com o nome original IOTA. Embora, em teoria, o que é proposto seja um hard fork, CFB apontou que não é um fork clássico ou uma oferta inicial de moeda (ICO), mas seria uma troca de 1 para 1 entre as duas criptomoedas.

Por meio do Medium, o CFB observou: “Para evitar confusão, usarei o IOTA para chamar minha versão do IOTA e o IOBA para chamar a versão da IOTA Foundation, onde B significa “binário”. Acho que tenho os direitos morais de carregar o nome comigo, porque fui eu quem criou o IOTA (o Dr. Popov criou o Emaranhado) e agora estou terminando.

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Como argumento, para se separar completamente do projeto original, o programador listou até três alterações das quais discorda, como o suporte a algoritmos criptográficos que não seriam imunes a computadores quânticos ou a “eliminação de pacotes devido a transferências atômicas de tamanho variável”.

Em relação às trocas entre os detentores de MIOBA (atual MIOTA de acordo com Ivancheglo) e MIOTA, como uma nova criptomoeda de seu projeto, ele mencionou que isso seria feito depois que o software que implementa o protocolo IOTA estivesse pronto. As trocas 1 a 1 não levariam em consideração o preço pelo qual as duas estão sendo negociadas no mercado.

“Por que (isso) não é um ‘fork’ clássico quando os proprietários de (m) iobas obtêm a mesma quantidade de (m) iotas? Para se livrar de endereços inativos, algumas de suas cotas são controladas por David Sønstebø (65 Ti) e pela IOTA Foundation (16 Ti), ambas as entidades não são bem-vindas ao ingressar no IOTA original porque suas ações levaram à necessidade de trocar e criou outros problemas”, acrescentou.

Os conflitos entre a CFB e David Sønstebø, outro de seus cofundadores, datam de julho de 2019, quando o primeiro decidiu se retirar do projeto. No entanto, as diferenças aumentaram e, em fevereiro deste ano, CFB abriu a possibilidade de iniciar uma batalha legal, pois exige que Sønstebø pague 25.000.000 MIOTA.

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Luciano Rodrigues

Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.

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