Economia

Cofundador do 3AC diz ter renunciado à cidadania estadunidense e nega jurisdição dos EUA

O cofundador do fundo de hedge falido Three Arrows Capital (3AC), Kyle Davies, afirmou que renunciou à cidadania estadunidense. Por isso, os Estados Unidos não têm jurisdição para prendê-lo. A estratégia de Davies tem o objetivo de suspender a moção de prisão contra ele por desacato ao tribunal.

Davis nasceu e cresceu nos EUA, mas disse a um juiz do Tribunal de Falências dos EUA para o Distrito Sul de Nova York na terça-feira (1º) que abriu mão da cidadania no final de 2020. Portanto, não está mais sob o “guarda-chuva” das leis do país.

“Para evitar dúvidas, não estou me sujeitando ou aceitando a jurisdição dos tribunais dos Estados Unidos”, escreveu Davies.

EUA não teria jurisdição sobre Davis

A alegação ocorre meses após tentativas de forçar Davies e o outro cofundador da 3AC, Su Zhu, a cooperar com a liquidação do fundo de hedge falido a fim de reembolsar os investidores que perderam bilhões com o colapso da empresa que ocorreu após a crise do ecossistema Terra (LUNA).

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Davies e Zhu afirmam ter cooperado com o processo de falência. Contudo, os liquidatários que supervisionam o processo de liquidação do fundo dizem que eles retiveram documentos cruciais por meses.

Em dezembro de 2022, o juiz federal responsável pelo caso chegou a aprovar intimações à Zhu e Davies. Mas como Davies não respondeu a intimação, os advogados dos liquidatários da 3AC pediram a sua detenção por desacato ao tribunal. Além disso, exigiram o pagamento de uma multa de US$ 10.000.

Agora, Davies e seus advogados alegam que ele não é mais cidadão dos Estados Unidos. Portanto, não teria cometido nenhum desacato. Além disso, a defesa argumentou que Davis não recebeu a intimação de forma adequada. Isso porque o documento foi para seu advogado de Cingapura, e não diretamente para ele.

Uma audiência sobre a moção deve ocorrer no dia 8 de agosto.

Sobre o colapso da 3AC

A 3AC havia se tornado um dos maiores fundos de hedge da indústria de criptomoedas. Porém, a empresa tinha muita exposição ao ecossistema Terra (LUNA), e isso ocasionou a sua falência.

Os detalhes dos empréstimos da 3AC foram revelados em um documento legal de 1.157 páginas divulgado pela Teneo empresa responsável para supervisionar a liquidação da 3AC. O documento descreve as reivindicações contra a 3AC, que entrou com pedido de falência do Capítulo 15 em Nova York.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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