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Cinco imagens históricas que marcaram a trajetória do Bitcoin

Diz o ditado que uma imagem vale mais do que mil palavras, e imagens não faltam na histórica do Bitcoin (BTC). Algumas delas são comuns, enquanto outras são carregadas de simbolismo.

Não importa se é um cara segurando uma placa improvisada em uma folha, ou uma mulher carregando um “buquê de fios”. Mas todas retratam alguma fase desses quase 13 anos de história da criptomoeda.

Por isso, a lista de hoje trará cinco imagens que fazem parte dessa história, desde fotos aleatórias na rua até mesmo imagens gravadas nos mais altos escalões do poder. Confira cada uma delas juntamente com suas respectivas histórias.

O caso Mt. Gox

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Nos primórdios da história do BTC, a exchange Mt. Gox reinava soberana no mundo. A plataforma criada por Mark Karpeles chegou a responder por 80% do volume de negociação do mercado até 2013. Todavia, a Mt. Gox já havia sofrido dois grandes ataques, um prelúdio de que o pior ainda estava por vir.

O último (e maior) ataque à exchange ocorreu em fevereiro de 2014, quando aproximadamente 850 mil BTC foram roubados da Mt. Gox. Destes, 100 mil eram da própria exchange e 750 mil dos seus clientes. Ao todo, o roubo totalizou cerca de US$ 473 milhões na cotação da época. O ataque dizimou a poupança de milhares de pessoas e, simultaneamente, dizimou o preço do BTC.

Desde então, Karpeles e a Mt. Gox se viram em um emaranhado de processos que se desenrolam até hoje. Parte do dinheiro foi devolvido, enquanto a maioria dos clientes ainda luta para obter algum reembolso. A imagem acima ficou marcada como uma representação do que foi o que é, ainda hoje, um dos maiores ataque hackers em uma exchange.

A coincidência do Deutsche Bank

O Deutsche Bank anunciou, em agosto de 2019, um plano de reestruturação global nas suas operações. Como resultado, o banco decidiu cortar 18.000 empregos em todo o mundo. Na época, suspeitava-se de que o banco alemão estava em vias de falir e, por isso, decidiu cortar custos.

Esta foto foi tirada em 2019 e repercutiu por causa do seu simbolismo. Afinal, eram duas pessoas, supostamente demitidas pelo banco, carregando uma sacola com a palavra “Bitcoins” na frente de uma agência do maior banco da Europa. A imagem conhecida como Bitcoin Bag Man ganhou o mundo em um artigo escrito pelo jornal Financial Times.

Porém, o simbolismo logo se revelou uma coincidência. Após ganhar repercussão mundial, uma alfaiataria chamada Fielding & Nicholson, com sede em Londres, desmentiu a história. Os homens da foto não eram banqueiros demitidos, mas sim alfaiates a serviço da empresa.

A alfaiataria ganhou destaque na época por aceitar BTC como meio de pagamento. Dessa maneira, o nome “Bitcoins” na sacola era uma espécie de publicidade – a sacola foi fabricada pela própria empresa. Apesar de ter destruído a simbologia da foto, a empresa lucrou com a venda das sacolas, que rapidamente esgotou e virou um item de colecionador para muitas pessoas.

Primeira palestra

Andreas Antonopoulos é um dos maiores educadores e especialistas sobre o BTC. Professor, autor e palestrante, ele foi um dos primeiros a falar sobre a criptomoeda. Seu pioneirismo foi tamanho que, de fato, Antonopoulos chegou a dar palestras para auditórios praticamente vazios.

Esta imagem, feita em 2013, mostra uma dessas palestras. Na época, o pequisador falava sobre a neutralidade do BTC, ou seja, ao fato de que qualquer pessoa poderia utilizar a criptomoeda. “O BTC é uma moeda libertária. Qualquer pessoa de qualquer cultura, religião, país ou língua, pode adotar o BTC”, disse Antonopoulos à época.

Quando essa foto foi retirada, o BTC era relativamente desconhecido, mas seu valor já era superior a US$ 100. No entanto, poucas pessoas foram pioneiras o bastante para conferir essa palestra quase intimista em um auditório vazio.

Flores ou cabos?

Esta foto marcou aquele que talvez seja o fenômeno mais importante para o BTC em 2021: a proibição, por parte da China, da atividade de mineração. Contudo, a foto também gerou uma grande surpresa para quem não captou seu significado logo de cara.

Tirada na China em 2021, a foto é a mais recente da lista. A princípio, muitas pessoas simplesmente viram uma mulher segurando algo que parecia um buquê murcho de flores. Contudo, uma olhada mais de perto – e com a foto inteira exposta – mostra que não são flores. Aquelas são fontes utilizadas na mineração de BTC, as quais estavam sendo removidas da China em busca de outros lugares.

Consequentemente, esta imagem virou o símbolo de dois fatos importantes. O primeiro, claro, foi o êxodo dos mineradores, que expulsos das regiões chinesas, tiveram que migrar suas máquinas às pressas. Parte dessa migração teve que ser feita por meios rudimentares, como carroças ou até a pé.

Por fim, a imagem representa descentralização e o fim da concentração chinesa no hash rate do BTC. A partir daí, países como Estados Unidos e Cazaquistão viraram o lar desses mineradores. Em suma, os “buquês de flores” saíram das garras de uma ditadura e foi em busca de terras mais livres.

Bitcoin vs presidência do Fed

Você pode até não conhecer o nome Christian Langalis, mas certamente conhece a foto acima. Langalis, que se tornou o Bitcoin Sign Guy, foi responsável por criar um dos memes mais famosos e emblemáticos da criptoesfera.

Tudo começou há pouco mais de quatro anos, em 13 de julho de 2017. Durante uma reunião do banco central dos EUA (Fed), a câmera focou na então presidente do Fed, Janet Yellen. Enquanto ela falava, Langalis esperou o momento certo e aproximou uma placa na qual dizia “compre Bitcoin.” O momento ficou gravado na história, em vídeos e na foto acima.

Com uma caneta e papel, Langalis levou o nome do BTC até o seu ápice em termos de divulgação. A partir de então, o preço da criptomoeda disparou e o conhecimento sobre o BTC apenas cresceu. Essa imagem é utilizada sempre que alguém deseja recomendar a compra de BTC ou mesmo como meme.

Hoje secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen tem se mostrado uma ferrenha opositora das criptomoedas descentralizadas. Essa oposição talvez tenha nome e sobrenome: Christian Langalis, junto com sua hoje lendária placa.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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