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Chilenos recorrem às stablecoins em meio a inflação recorde

Assim como boa parte do mundo, o Chile enfrenta uma forte inflação e uma consequente desvalorização do peso chileno, a moeda local.

Diante disso, muitos cidadãos do país estão recorrendo às moedas digitais estáveis, às stablecoins, para proteger o valor do dinheiro.

Na prática, é uma espécie de dolarização do dinheiro, quando as stablecoins são lastreadas no dólar, como é o caso da USDT e a USDT.

Esse aumento dos investimentos em moedas estáveis está sendo observado diretamente nas exchanges que operam no país. As plataformas locais registraram um aumento de 50% nas transações de stablecoin nos últimos três meses.

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Salto de uso da stablecoins no Chile

Conforme noticiou o CoinDesk, a exchange com sede no Chile CryptoMarket, que possui cerca de 200.000 usuários no país, registrou um aumento de 50% nas compras das duas maiores stablecoins em valor de mercado, a USDT e a USD Coin (USDC), apenas no segundo trimestre de 2022.

De acordo com o gerente da CryptoMarket, Eduardo Pérez de Castro, as moedas digitais estáveis representam hoje 30% do total das compras dos usuários.

Além disso, ele afirmou que as stablecoins são as principais criptomoedas escolhidas pelos usuários em suas primeiras compras na plataforma.

Da mesma forma, a exchange Buda.com também observou um interesse crescente nas stablecoins por parte de seus usuários. A plataforma foi lançada ainda em 2015 e tem mais de 500.000 usuários

No entanto, o crescimento foi mais discreto do na CryptoMarket. Dados da exchange revelam que a participação de mercado de stablecoins na plataforma subiu de 11% em junho para 20% em julho.

Nesse contexto, a USDC tornou-se a terceira criptomoeda mais negociada na plataforma. Ela só fica atrás do Bitcoin (BTC) e da Ether (ETH).

“Vemos isso como uma grande tendência. É algo que os usuários estão aproveitando como uma oportunidade de comprar dólares americanos facilmente sem precisar ir a um banco ou casa de câmbio”, disse Jazmín Jorquera, diretor de operações da Buda.

Inflação sobe no Chile

Como mencionado, a busca por stablecoins está relacionada ao aumento da inflação no país, que subiu para 12,5% em junho. Trata-se do maior valor em quase 30 anos.

Para o CEO da exchange OrionX, Joel Vainstein, o cidadão chileno comum está se voltando para as stablecoins para economizar o seu dinheiro e conservar o seu valor.

Mas não são só as exchanges que estão registrando uma busca pela dolarização do dinheiro. Isso porque os bancos do país registraram um aumento de 200% na demanda por contas bancárias em dólares entre abril de 2021 e abril de 2022.

No entanto, ter acesso a esse serviço não é fácil, pois os usuários precisam abrir, primeiro, uma conta comum e, para isso, precisam ter um nível mínimo de renda mensal.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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